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Essas cavernas gigantes não foram feitas por humanos

Paleotoca descoberta na Amazônia. (Crédito: Amilcar Adamy/CPRM)

Preguiças-gigantes caminhavam pelo Brasil, até que há cerca de 15 mil anos foram extintas.

Em maio deste ano, a cientista Emily Breasey ficou impressionada ao encontrar os fósseis de 22 bichos-preguiça da Era do Gelo. Datados de 20 mil anos atrás, os curiosos restos mortais pertenciam à Eremotherium laurillardi, uma espécie de preguiça-gigante.

A descoberta trouxe à tona um dos animais mais intrigantes que já andaram pela América do Sul. E o mais impressionante é que a espécie encontrada por Emily, no Equador, era bem comum no Brasil e, daqui, espalhou-se para outros países.

Vivendo em rebanhos, o enorme animal era tão abundante em terras tropicais que, para muitos cientistas, representam a fauna do período Pleistoceno. Apesar do porte incomum, no entanto, as preguiças-gigantes foram extintas há cerca de 15 mil anos.

Com 6 metros de comprimento e pesando toneladas, o animal reinou no país durante anos, espalhando-se para outros territórios.

Preguiças gigantes

Segundo estudos paleontológicos, o período de maior desenvolvimento das preguiças-gigantes ocorreu entre o Paleogeno e Neogeno. Nessas épocas, os majestosos animais andavam pela América do Sul com tranquilidade.

Fósseis das antigas preguiças mostram que, com um peso semelhante ao dos elefantes, elas tinham até seis metros de comprimento. Suas pernas e braços, resistentes e bem fortes, chegavam a um metro e meio de extensão.

Com medidas tão expressivas, a locomoção era bastante complicada para as preguiças. Apoiadas nas quatro pernas, elas tinham bastante dificuldade para andar, mas certa destreza para se levantar e se manter sobre apenas duas patas.

Caminhando pela terra

Marcas de garras. (Cortesia: Heinrich Frank)

Logo que descobriram a posição bípede, as preguiças-gigantes começaram a se apoiar em árvores para se alimentar. Não é surpresa dizer, então, que elas alcançavam cerca de quatro ou cinco metros de altura quando estavam “de pé”.

Dentro de sua boca, uma língua comprida facilitava o trabalho de capturar alimentos e seus dentes em formato de prismas eram especializados em triturar folhas, ramos e brotos. A dieta, inclusive, era composta por 300 quilos diários de vegetais.

O primeiro registro das preguiças-gigantes, pelo menos na espécie Megatherium americanum, data do período Mioceno, há 17 milhões de anos. Desde então, o animal desenvolveu garras impressionantes, com 50 centímetros de comprimento.

Fonte:

Aventuras na História

[Animais]

Categorias: Ciência
Davson Filipe: Davson Filipe é Técnico em Eletrônica, WebDesigner e Editor do Realidade Simulada - Blog que ele próprio criou com propósito de divulgar ciência para o mundo. Fascinado pelas maravilhas do universo, sonha em um dia conhecer a Nasa.
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