O que é bioluminescência?
A bioluminescência é a emissão de luz fria e visível por organismos vivos. Ela ocorre em variados organismos (bactérias, fungos, algas, celenterados, moluscos, artrópodes, peixes), principalmente no ambiente marinho. No ambiente terrestre ela ocorre em fungos, anelíedeos, moluscos e principalmente nos insetos. Ela serve principalmente para finalidades de comunicação biológica.
A bioluminescência é gerada por reações químicas altamente exotérmicas, catalizadas enzimaticamente, nas quais a energia das ligações químicas de compostos orgânicos é convertida preferencialmente em luz visível. Nestas reações, moléculas genericamente denominadas de luciferinas são oxidadas por oxigênio, produzindo moléculas eletrônicamente excitadas que decaem emitindo luz. Estas reações são catalizadas por enzimas chamadas de luciferases.
A bioluminescência constitui uma das assinaturas da vida, e por esta razão ela serve como um excelente bioindicador desde o nível molecular até o nível ambiental, e como excelente reagente bioanalítico e marcador celular e de expressão gênica.
Nosso laboratório investiga a bioluminescência de organismos da fauna brasileira sob os aspectos bioquímico, evolutivo, ambiental e biotecnológico, enfatizando o estudo da relação entre estrutura, função, evolução e aplicações bioanaliticas das enzimas luciferases.
Fenômeno da bioluminescência, Vaadhoo , Ilhas Raa Atoll, Nas Maldivas
Vaga-lume bioluminescência
Os vaga-lumes “acendem” porque produzem e armazenam na parte de baixo de sua barriga duas substâncias chamadas luciferina e luciferase. O processo de produção de luminosidade dos seres vivos se chama bioluminescência e pode ter muitas funções, como atrair predadores ou encontrar um par para o acasalamento.
Cada espécie de vaga-lume pisca em uma frequência diferente e assim os casais da mesma espécie se encontram para namorar.
Mas, há ainda uma diferença mais sutil entre os machos e fêmeas da mesma espécie que podem determinar a atração de um pelo outro. E nem tudo é um mar de rosas: algumas espécies imitam o lampejo de outras para atrair vaga-lumes desavisados que acabarão se tornando comida.
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