A primeira etapa do Projeto Sirius, um laboratório de luz síncrotron, foi inaugurada em Campinas (SP) nesta quarta-feira (14).
Os pesquisadores vão começar a trabalhar no laboratório no segundo semestre de 2019, e a conclusão total da obra está prevista para 2020. Veja abaixo como funciona o Sirius.
Quando pronto, o Sirius será o mais avançado acelerador de partículas da sua categoria no mundo inteiro, sendo uma fonte de luz síncrotron.
Ele ganha esse nome por ser capaz de lidar com esse espectro de radiação, o que inclui raios-X, luz ultravioleta, infravermelha e mais.
Funcionamento
A aceleração das partículas se dá por meio de campos elétricos, e campos magnéticos são responsáveis pela mudança de trajetória das partículas.
No total, o Sirius tem uma circunferência de 500 m e uma série de estágios e anéis de aceleração para estudos de partículas.
Em termos simples, o processo de inicial de aceleração começa com o aquecimento de um fio de tungstênio. Com isso, elétrons são liberados do material e conduzidos por uma carga magnética para os anéis de aceleração e, então lançados em “booster”.
Esse booster é a estrutura circular responsável por colocar esses feixes de elétrons quase na velocidade da luz. Depois disso, eles são direcionados ao acelerador principal, que é essa grande estrutura de 500 m que você vê nas imagens.
O funcionamento desse equipamento pode parecer complicado para quem não tem um conhecimento profundo de física, mas o caso é que o Sirius poderá ser utilizado não apenas para testar teorias, mas também para conseguir resultados práticos.
O antigo acelerador fonte de luz síncrotron que o Brasil possui — o qual será substituído pelo Sirus — foi um dos responsáveis por decifrar em um modelo 3D uma proteína essencial para a reprodução do vírus zika.
O Siruis será capaz de conseguir imagens mil vezes melhores e, com isso, poderá dar um grande impulso na qualidade das pesquisas brasileiras em vários campos.
“O Sirius está muito próximo do limite daquilo que a engenharia permite construir e será capaz de produzir ciência competitiva internacionalmente por, ao menos, uma década”, disse o diretor do LNLS, o físico Antônio José Roque da Silva.
Fontes:
[Física]
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