Usando satélites e estações terrestres, os cientistas documentaram um raio de 2017 que foi nada menos que épico.
Ele cruzou o céu de três estados no sudoeste dos EUA. Incrivelmente, os cientistas dizem que é provável a descoberta de “megaflashes” ainda maiores.
Normalmente, pensamos em relâmpagos como algo que se move na vertical, mas eles também podem se mover horizontalmente, principalmente em grandes altitudes.
Uma nova pesquisa publicada na semana passada no Boletim da Sociedade Meteorológica Americana confirma que os “megaflashes” de raios são mais comuns do que imaginamos.
Esses super-raios geralmente se estendem por mais de 100 quilômetros de comprimento.
Foi o caso de um megaflash recorde, que se estendeu por mais de 500 quilômetros acima do Texas, Oklahoma e Kansas em 2017.
Usando dados do GOES e estações de monitoramento de raios no solo, os pesquisadores descobriram que megaflashes com extensão de 100 quilômetros ou mais são realmente bastante comuns.
Como mostra o novo artigo, no entanto, os maiores têm um comprimento mais extenso do que os cientistas pensavam.
Na manhã de 22 de outubro de 2017, uma linha de instabilidade, ou seja, uma série de tempestades que se formavam à frente de uma frente fria, apareceu no sudoeste dos EUA.
À 1h13 da manhã no horário local, um raio apareceu acima do norte do Texas e se espalhou rapidamente na direção norte-nordeste através de Oklahoma, terminando finalmente no sudeste do Kansas.
No total, o megaflash viajou mais de 500 quilômetros, iluminando uma área de 67.845 quilômetros quadrados.
Esse megaflash não foi confirmado pela Organização Meteorológica Mundial (OMM), portanto, tecnicamente, não é um recorde mundial oficial. No artigo, Lyons e seus colegas disseram que é um ponto discutível, dada a forte probabilidade de megaflashes ainda mais longos naquele sistema de tempestades em particular e em outras tempestades desde então.
Além disso, dados do GOES não publicados já sugeriram um megaflash ainda mais longo — um gigante de 673 quilômetros de comprimento que apareceu sobre o Brasil e foi registrado no início deste ano.
Então, qual o tamanho dos megaflashes? Aparentemente bem grande, de acordo com a pesquisa.
“Um megaflash, uma vez iniciado, parece capaz de se propagar quase indefinidamente, desde que existam reservatórios de carga contíguos adequados [no sistema de tempestades]”, escreveram os autores.
“É possível que um megaflash possa atingir 1.000 km? Não apostaríamos contra isso. Que comecem as buscas.” [Gizmodo], [Astronomia].
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