Fósseis achados na Argentina seriam de maior animal terrestre que já existiu
Paleontólogos de diversas instituições de pesquisa na Argentina descobriram o que pode ser o maior fóssil de titanossauro já encontrado.
Em um artigo, publicado na edição de janeiro da Cretaceous Research, a equipe explica que encontrou 24 vértebras caudais, ossos da cintura pélvica e do peitoral de um espécime que viveu há 98 milhões de anos na Patagônia.
No local da descoberta está a Formação Candeleros, uma unidade geológica que cobre parte das províncias de Río Negro, Neuquén e Mendoza, onde estão alguns dos maiores exemplares de titanossauro já observados.
“A parte do esqueleto que foi encontrada está bastante articulada, o que nos faz pensar que deveria haver mais ossos que certamente começarão a ser vistos assim que continuarmos com as escavações”, afirmou Alejandro Otero, primeiro autor da publicação, em comunicado.
Segundo os pesquisadores, os titanossauros viveram no período Cretáceo, que terminou há 66 milhões de anos, e ocuparam diversas partes do planeta — os maiores e mais robustos fósseis desses dinossauros, entretanto, costumam ser observados em território argentino.
Embora não haja evidências suficientes para afirmar que o novo espécime corresponde a uma espécie desconhecida, ele apresenta algumas diferenças com outras já descritas.
“Embora ainda não possamos fazer estimativas da massa corporal devido à ausência de elementos longos como o úmero e o fêmur, com base na observação com outros ossos que temos, calculamos que esse animal teria atingido um tamanho semelhante ou maior do que Patagotitan, o maior conhecido até agora, que tinha comprimento de 37 metros da cabeça à cauda e 69 toneladas de peso”, explicou Otero.
Nesse sentido, o especialista explica que o comprimento total do púbis do novo exemplar é 10% maior que o do Patagotitan.
“Apesar dessas diferenças, para concluirmos de forma decisiva que são espécies diferentes, precisamos comparar ossos equivalentes e, no caso desse novo indivíduo, ainda faltam peças-chave para podermos fazer comparações, como as vértebras dorsais e, portanto, [fica clara] a importância de continuar trabalhando no loval”, acrescentau o cientista.
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