No último sábado (11), Elon Musk, fundador e CEO da SpaceX, tuítou uma foto mostrando 60 minúsculos satélites cuidadosamente arranjados dentro do compartimento de carga do foguete Falcon 9. Devem ser lançados na noite de quarta (15).
Se tudo correr bem, eles serão a pedra fundamental de um ambicioso projeto que Musk planeja construir na órbita terrestre: uma rede com quase 12 mil pequenos satélites para levar internet banda larga a todos os cantos do planeta.
Foi a primeira vez que foram revelados maiores detalhes sobre a “constelação” Starlink — informações ainda mais detalhadas sobre o que está por vir devem ser anunciadas no dia do lançamento.
No Twitter, Musk já adiantou que provavelmente muita coisa vai dar errado nesta primeira missão.
Ainda assim, ela é essencial para dar o pontapé inicial da iniciativa, anunciada pela primeira vez em 2015.
Esses 60 não são, contudo, os pioneiros: a SpaceX lançou em fevereiro dois satélites, o Tintin A e o Tintin B, para testar a tecnologia da rede Starlink. Mas eram equipamentos experimentais, sendo que agora o design já foi ajustado à produção.
Entre os spoilers que o empresário compartilhou, os mais interessantes dizem respeito ao funcionamento do sistema de internet. De acordo com Musk, será preciso lançar mais seis lotes de 60 satélites (ao todo, 360) para atingir uma cobertura baixa já a partir de 2020.
Com o dobro de lançamentos (720), a oferta de rede passará a ser em nível moderado. Mas o jogo pode mudar com o novo foguete da SpaceX.
Portadora de um design futurista e reluzente de alumínio polido, a Starship, muito mais potente que o Falcon 9, será capaz de transportar até a órbita baixa não dezenas, mas centenas de satélites Starlink de uma vez.
Se o cronograma da nova espaçonave for mantido para o início dos anos 2020, é possível que desfrutemos antes do que imaginamos, em qualquer lugar da Terra, de uma conexão 40 vezes mais rápida que a média.
E Musk pode sair na frente das concorrentes Amazon e OneWeb nesta corrida.