Em 2015, cientistas mostraram que o “motor impossível” seria capaz de funcionar.
A tecnologia digna de Star Trek é um motor de propulsão eletromagnética que funciona no vácuo e não depende de combustíveis, sendo ainda capaz de proporcionar viagens muito mais velozes e, assim, reduzir o tempo de uma viagem à Lua em somente 4 horas, ou ainda uma vigem a Marte em 70 dias.
Agora, novos testes serão feitos com o EmDrive, desafiando as leis da física.
O motor foi inventado no início dos anos 2000 e, na época, foi apelidado de “impossível” porque seu funcionamento desafia a lei da conservação do momento linear:
para que algo seja impulsionado, é preciso haver uma força de propulsão em seu sentido oposto — tal qual funcionam os motores movidos a combustíveis que usamos hoje em dia. Com um motor do tipo do EmDrive em funcionamento, viagens interestelares poderão enfim ser viáveis.
Uma viagem com este motor à estrela Alpha Centauri, por exemplo, que está a 4,367 anos-luz de distância, seria feita em apenas 100 anos, tempo muito menor do que os 75 mil anos que levaríamos para chegar lá com as tecnologias atuais de propulsão.
Se o EmDrive se mostrar realmente funcional e possível, a nova tecnologia de propulsão que ainda existe apenas na ficção científica resolverá um dos maiores desafios das viagens espaciais de longa distância: o uso de combustível.
Viagens mais longas são prejudicadas por conta disso, já que, quanto mais combustível uma nave precisa para funcionar, mais peso ela carrega, tornando os lançamentos mais delicados e também mais caros.
Nos últimos anos, cientistas diversos, incluindo da própria NASA, vêm testando o EmDrive e afirmam que ele é, sim, possível.
Contudo, tais experimentos o testaram em escalas tão pequenas que ainda assim ficou difícil dizer se o motor de propulsão eletromagnética pode mesmo ser capaz de fazer uma nave se locomover pelo espaço. Então, o novo teste que será conduzido agora tem uma solução para isso.
A ideia dos físicos da Technische Universität Dresden, na Alemanha, foi criar um dispositivo capaz de medir as quantidades minúsculas de propulsão que o motor é capaz de fazer por enquanto, com este aparelho sendo tão sensível que acabaria com o debate de uma vez por todas — o projeto foi chamado de SpaceDrive e é liderado pelo físico Martin Tajmar.
Ele diz que uma solução para o EmDrive pode estar a apenas alguns meses de distância, com um veredicto final possivelmente sendo obtido até o final deste ano.
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