Para encontrar vida em algum lugar do universo, pelo menos uma vida parecida com a nossa, os astrônomos, ou qualquer pesquisador costuma procurar por elementos como o oxigênio e o carbono.
Mas não são só esses elementos que são importantes, na verdade, a vida como nós conhecemos, depende de 6 elementos: carbono, oxigênio, nitrogênio, hidrogênio, enxofre e fósforo.
Esse último o fósforo é de suma importância, pois é ele que constitui o chamado trifosfato de adenosina, não tem ideia do que é isso? Ele é conhecido também como ATP e é usado pelas células para transferir energia. Até aí tudo bem.
Os problemas começam quando dos 6 elementos fundamentais para a vida o fósforo é o mais raro de todos no universo.
E como a maior parte desses elementos mais pesados, o fósforo é quase todo forjado nas supernovas, ou seja, precisamos de explosões de supernovas para espalhar esse fósforo por aí e então permitir que as células possam transferir energia, um processo vital para que a vida se desenvolva.
Então tudo bem, basta analisarmos as explosões de supernovas e conseguimos separar cada elemento ali e ver o fósforo sendo espalhado pelo universo, e assim poderemos ter uma ideia de onde a vida poderia existir.
Aqui temos mais alguns problemas, o problema é que não se tem tanta supernova assim para se analisar com detalhes, na verdade, os pesquisadores conseguiram analisar duas, a Supernova da Cassiopeia e a do caranguejo.
E a surpresa veio quando os pesquisadores conseguiram ver que as duas explosões de supernovas ejetam para o espaço, proporções diferentes de elementos químicos, ou seja, a composição química pode variar muito do material espalhado pelo universo.
Isso não faria com que a vida se espalhasse por todo o universo, mas sim que ela evoluísse ao redor de supernovas ricas em fósforo, o que faz com que a vida em outras parte do universo seja ainda menos provável.
Existem algumas explicações para essa diferença em composição química no material ejetado pelas diferentes supernovas.
Uma delas é básica, as supernovas foram analisadas com instrumentos diferentes, e os pesquisadores podem ter perdido o fósforo nessa análise.
A outra é que são supernovas de idades diferentes, o que poderia também mostrar que o fósforo já se espalhou e não estaria mais na nuvem de detritos.
Os pesquisadores continuarão realizando estudos, atrás do fósforo e para entender o porque dessas diferenças e para tentar estabelecer se ele é mais raro ainda do que se pensava.
Como vemos a vida é uma confluência de detalhes, de proporções, e de sutis anomalias que se ajustam para no final gerar um resultado ótimo que é a vida. Ela não é tão fácil de ser encontrada por aí no universo.
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