Como muita alegria, e pesar, chegamos ao fim dessa viagem estelar. Encontramos a última, e não menos importante, constelação, Peixes. Que repousa entre Aquário, a oeste, e Áries, a leste. A eclíptica e o equador celeste interceptam-se atualmente nessa constelação, e em Virgem. Mas isso com o tempo mudará, devido à precessão dos equinócios e logo estará sobre a constelação da ânfora.
Esse conjunto de estrelas também contém um número de objetos astronômicos bem interessante. Entre eles está a grande constelação espiral M74, a galáxia Anã de Peixes, a radiogaláxia 3c31, e o par de galáxias em colisão Arp 284.
Os peixes das mitologias
Essa constelação tem origem babilônica. Já que a viam como um par de animais unidos por uma corda. O peixe ocidental seria uma grande andorinha, enquanto que a figura setentrional seria a deusa Anunitum.
Na cultura oriental, as estrelas de Peixes foram incorporadas em diversas constelações chinesas. A Wai-Ping seria uma cerca que um criador de porcos utilizaria para separá-lo do local onde se criam os suínos. Essa figura foi representada pelas estrelas Alfa, Delta, Epsilon, Zeta, Mi, Ni, e Csi de Peixes. A lama do chiqueiro foi representada por outras quatro estrelas. O peixe nortista daria lugar para uma outra constelação denominada de Casa da Sandália, ou Koui-siou.
No mito grego, ela foi associada aos deuses Afrodite e Eros, que para fugir do ataque de Tifão e alertados por Pã, transformaram-se em peixes. E com intenção de não se separarem, amarram-se em uma corda. Eles seguiram caminho pelas águas e chegaram ao rio Eufrates na Síria. Segundo Higino, seria, possivelmente, por causa disso que os sírios pararam de comer peixes, com medo de que capturassem os deuses.
Então é isso, pessoal. Aproveitem essa noite para observar as estrelas e compreender os mitos que as cercaram. Eles mudam, sempre mudaram dependendo da cultura. Mas o mais interessante é como influciaram historicamente os povos.
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