A dieta mediterrânea
A dieta mediterrânea leva esse nome por estar associada ao cardápio tradicional da região costeira da Itália, Grécia e Espanha, países que são banhados pelo Mediterrâneo. Ela está baseada especialmente em alimentos frescos, escolhidos conforme a estação do ano. Além de muito peixe e castanhas, a dieta permite o consumo moderado de vinho, leite e queijos.
Desde 2010, a dieta mediterrânea é considerada patrimônio imaterial da humanidade. Além de ajudar a perder peso e a diminuir o envelhecimento do cérebro, ela também tem resultados associados à diminuição do risco de doenças cardiovasculares.
Uma pesquisa de neurologistas e nutricionistas israelenses demonstrou que a adoção da dieta mediterrânea é capaz de interromper ou, até mesmo, reverter o envelhecimento do cérebro.
A pesquisa contou com 132 voluntários divididos em três grupos. Todos receberam conselhos de nutrição e a recomendação de fazerem exercícios físicos. Os participantes foram acompanhados por 18 meses.
O primeiro grupo ficou apenas com orientações gerais. O segundo recebeu um cardápio especial baseado na dieta mediterrânea. O último grupo seguiu o mesmo cardápio complementado pelo consumo de chá verde de três a quatro vezes ao dia.
A versão da dieta mediterrânea usada na pesquisa estava baseada no consumo de muitas castanhas e nozes e na substituição completa da carne vermelha por peixes ou frango.
Aumento da massa cinzenta
Publicados em maio deste ano na Epidemiology and Global Health, os resultados mostraram que a adoção da dieta mediterrânea levou a um aumento na massa cinzenta do cérebro, além do rejuvenescimento de uma zona cerebral chamada hipocampo.
Para cada 1% do peso corporal perdido, houve uma diminuição média de 8,9 meses na idade cerebral. Isso é, se uma pessoa de 80 kg terminou o estudo com 76 kg, ela rejuvenesceu seu cérebro em quase quatro anos.
“O rejuvenescimento da idade cerebral foi significativamente associado aos biomarcadores hepáticos melhorados, à diminuição da gordura no fígado e à redução dos tecidos adiposos. Assim, demonstramos que o menor consumo de alimentos processados, doces e bebidas pode ser associado à idade cerebral jovem”, diz o texto.
Durante o experimento, os participantes do primeiro grupo perderam menos peso que os demais. O consumo de chá verde não fez tanta diferença. De acordo com os pesquisadores, o cardápio mediterrâneo teria sido fundamental para os resultados.
Fonte:
[Saúde]