Um jovem de 20 anos da Bélgica, que não foi identificado, morreu após consumir um espaguete que havia sido preparado cinco dias antes.
Segundo Dr. Bernard, que tem um canal no YouTube sobre ocorrências médicas, o jovem costumava preparar suas refeições da semana em um domingo, na tentativa de economizar tempo e dinheiro.
A comida era armazenada em potes plásticos e bastava aquecer os alimentos para o consumo.
O relatório do caso, publicado no Journal of Clinical Microbiology, mostra que o estudante cozinhou o macarrão e o deixou fora da geladeira por cinco dias. Ou seja, a massa ficou reservada em temperatura ambiente.
Quando o estudante foi almoçar, sentiu um gosto estranho, mas acabou atribuindo-o ao novo molho de tomate que havia usado.
Após a refeição, ele foi praticar esportes. Dentro de 30 minutos, ele sentiu dores abdominais, náusea e dores de cabeça. Ao voltar para casa, teve diarréia e vomitou, mas não procurou atendimento médico e preferiu repousar, beber água e tentar dormir.
Na manhã seguinte, seus pais ficaram preocupados quando ele não chegou na faculdade. Quando foram procurá-lo às 11h da manhã, o jovem já estava morto.
O exame do corpo revelou que ele havia morrido às 4 da madrugada, cerca de 10 horas depois de comer o espaguete. Seu corpo foi autopsiado enquanto amostras do macarrão e do molho foram enviadas para análise no Laboratório Nacional de Referência para Surtos de Origem Alimentar (NRLFO).
A autópsia apontou para necrose hepática, indicando que o fígado havia parado de funcionar, bem como possíveis sinais de pancreatite aguda.
Amostras fecais revelaram a presença de Bacillus cereus, bactéria responsável pela “síndrome do arroz frito”, envenenamento alimentar comumente causado por deixar arroz em temperatura ambiente por várias horas.
O espaguete enviado para o NRLFO possuía quantidades significativas de Bacillus cereus, confirmando que o macarrão foi a causa do óbito. Segundo o portal IFLScience, o envenenamento por essa bactéria é surpreendentemente comum.
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