De acordo com um estudo publicado em setembro de 2016, o espaço, ou melhor o universo provavelmente não possui uma direção preferida. Ou seja, não há subida, queda, direita, esquerda – nenhuma orientação “correta”.
Os pesquisadores do University College de Londres e Imperial College acreditam que o universo é isotrópico, o que significa que ele parece o mesmo, não importa como você o veja.
Os pesquisadores estimam que há apenas uma possibilidade de 1 em 121,000 de que o universo tenha uma direção preferida – a melhor evidência ainda para um universo isotrópico.
Eles foram capazes de determinar isso, olhando para o fundo de microondas cósmicas (CMB, do ingles “Cosmic microwave background”), o resplendor antigo deixado pelo Big Bang. A equipe usou a espaçonave Planck da Agência Espacial Européia, que coletou dados de 2009 a 2013, para nos dar as medidas mais precisas do CMB ainda.
Não tem? Mas e se…?
Imaginemos por um segundo que o universo possui uma direção “certa” – isto é, é anisotrópico. Então o universo está se expandindo a diferentes velocidades em diferentes direções de algum ponto central ou eixo específico. Puxando e alongando o CMB em formas e padrões identificáveis.
Os dados mostraram que o CMB é barulho aleatório. Provavelmente, não inclui padrões ou outras pistas que apontem para um universo anisotrópico. Basicamente, o universo é uma mistura bem combinada de coisas espaciais que cresceu a partir de uma sopa de universo homogêneo.
Bem, na verdade assim é bem melhor
A ideia de que o universo é isotrópico é definitivamente um alívio. “É uma análise muito mais abrangente do que em casos anteriores”, disse Anthony Challinor, cosmólogo da Universidade de Cambridge no Reino Unido, que não estava envolvido no trabalho, à revista Science.
“A questão de como isotrópico é o universo é de fundamental importância”. O trabalho que os cosmólogos fazem e tem feito baseia-se no pressuposto de que o universo é isotrópico. Se não fosse, então poderíamos seguir em frente e lançar a nossa compreensão da evolução do universo pela janela. Phew.
“Pela primeira vez, excluímos a anisotropia”, diz Daniela Saadeh, cosmóloga do University College de Londres, à Science. “Antes, era só que não havia sido sondado”.
Veja também:
- http://realidadesimulada.com/descoberta-a-causa-de-um-dos-fenomenos-mais-intrigantes-do-universo/
- http://realidadesimulada.com/nasa-captura-o-som-espetacular-do-universo/
- http://realidadesimulada.com/ha-vida-fora-da-terra-ou-estamos-sozinhos-no-universo/
Deixe um comentário