Exposição mostra 8 aberrações da Natureza nos extremos da evolução normal

Chiasmodon niger

Para uma monstruosa flor parasítica sobrevivência significa fedor de carne podre.

Outras criaturas esquisitas recorrem a uma rica variedade de adaptações quase sobrenaturais que lhes permitem existir e sobreviver nas condições mais extremas encontradas na Terra.

Seja como for, pode-se dizer que todos os organismos na exposição Vida nos Limites (Life at the Limits) no Museu Americano de História Natural, em Nova York, têm superpoderes.

Organizadas por categorias como respiração, alimentação e reprodução, as criaturas incluídas na exposição, inaugurada em 4 de abril, representam os extremos do espectro evolutivo normal para características especiais.

A seguir, as 8 aberrações da Natureza apresentados nessa exibição:

1.MARIPOSA CECROPIA

 AMNH/R. Mickens
AMNH/R. Mickens

Com antenas bifurcadas, munidas de dezenas de milhares de estruturas semelhantes a pelos sensoriais, essa mariposa (Hyalophora Cecropia) tem um extraordinário sentido olfativo. Esses apêndices estão particularmente ajustados para detectar as trilhas hormonais de fêmeas.

2.CRISTAL DE SAL MICROBIANO COR-DE-ROSA 

 AMNH/R. Mickens
AMNH/R. Mickens

Este cristal de sal tem essa cor naturalmente devido aos microrganismos que florescem no lago Searles, ultrassalino, na Califórnia. Poucos animais conseguem viver em um ambiente desses, mas esses microrganismos dominam o lago, mudando a cor da água e os cristais de sal que produz.

3.RAFLÉSIA

AMNH/R. Mickens
AMNH/R. Mickens

Você provavelmente não gostaria de chegar tão perto de uma verdadeira flor Rafflesia arnoldii. Espetacularmente fedida, ela é encontrada nas florestas tropicais do Sudeste Asiático e exala um perfume potente, similar ao de carne podre, o que atrai moscas carniceiras para polinizá-la. Esta planta parasítica não realiza fotossíntese; em vez disso, rouba nutrientes de trepadeiras próximas.

4.FOCINHO DE PEIXE-SERRA

AMNH/R. Mickens
AMNH/R. Mickens

O focinho do Pristis pristis é uma ferramenta de caça multifuncional. Suas afiadas espinhas o tornam uma poderosa arma, mas ele também é um sensível dispositivo de varredura. Em sua superfície existem poros especializados que detectam fracos campos elétricos emitidos por presas.

5.TARDÍGRADO

Eye of Science/Science Source
Eye of Science/Science Source

Carinhosamente conhecidos como “ursos d’água”, mais de mil espécies de tardígrados são encontradas ao redor do mundo em ambientes tão extremos e diversos como fontes termais e gelo antártico, assim com no pico das montanhas do Himalaia e nas profundezas oceânicas.

O segredo para sua resistência: eles são capazes de reduzir drasticamente sua taxa metabólica e entrar em um estado de latência semimorta, conhecida como criptobiose, quando as condições se tornam excessivamente rigorosas.

6.AXOLOTE

AMNH/R. Mickens
AMNH/R. Mickens

Apresentado ao vivo na exposição, essa estranha salamandra (Ambystoma mexicanum) jamais faz a transição para terra na idade adulta, o que é característico da maioria de suas congêneres e outros anfíbios.

Pelo contrário, ela mantém muitas de suas características juvenis, inclusive suas brânquias externas, as estruturas ramificadas na lateral de sua cabeça. Surpreendentemente, axolotes (ou axolotles) não são apenas capazes de regenerar seus membros, mas medulas espinhais esmagadas também.

7.POLVO MIMÉTICO

AMNH/R. Mickens
AMNH/R. Mickens

Descoberto em 1998, o Thaumoctopus mimicus não é fácil de detectar. Ao mudar a forma de seu corpo desprovido de ossos e as cores e padrões em sua pele, esse polvo frequentemente assume a forma de predadores peçonhentos e venenosos como serpentes-marinhas e peixes-leões.

8.ENGOLIDOR-NEGRO

AMNH / R. Micken
AMNH / R. Micken

(Chiasmodon niger) Como alimento é tão escasso a milhares de metros abaixo da superfície oceânica, o grande-engolidor ou engolidor-negro se adaptou para tirar o maior proveito de cada oportunidade para se alimentar. O estômago altamente elástico do peixe e suas mandíbulas extremamente articuladas permitem que ele devore presas que têm até 10 vezes o seu próprio peso.

Fonte:

Scientific American Brasil

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