Floresta mais antiga do mundo é descoberta em uma pedreira nos EUA

Floresta

Pedras de 385 milhões de anos escondiam restos das árvores da floresta, que ajudou a regular níveis de dióxido de carbono na Terra

Ao investigarem uma jazida abandonada próxima à cidade de Cairo, em Nova York, nos Estados Unidos, pesquisadores descobriram pedras fossilizadas de 385 milhões de anos que escondiam raízes fossilizadas da floresta mais antiga do mundo.

“Andando pela superfície da jazida nós conseguimos reconstruir uma floresta viva na nossa imaginação”, afirmou Christopher Berry, da Cardiff University, no Reino Unido.

Os especialistas acreditam que há milhões de anos, as árvores que brotaram na jazida coletavam gás carbônico da atmosfera. Desse modo, a temperatura da Terra foi mudando até originar a composição de gases que atualmente compõe o nosso planeta.

Além de ser importante para a manutenção atmosférica da Terra, a floresta era composta por árvores bem grandes e resistentes.

Os troncos tinham a grossura de 11 metros e algumas das raízes fossilizadas conservavam 15 centímetros de comprimento.

Restos de raízes de árvores da espécie Archaeopteris, que possuem milhões de anos (Foto: William Stein e Christopher Berry )
Restos de raízes de árvores da espécie Archaeopteris, que possuem milhões de anos (Foto: William Stein e Christopher Berry )

Provavelmente as plantas eram da espécie Archaeopteris, um tipo de árvore com raízes e galhos enormes, parente de vegetais modernos.

Há 20 anos, pesquisadores não achavam que árvores desse porte e com sistemas complexos de raízes podiam se desenvolver tão cedo em termos geológicos.

Antes, eles consideravam que árvores dessa espécie só surgiram há 365 milhões de anos. Acontece que elas apareceram alguns milhões de anos antes e já contribuíam com reações químicas para criar íons de carbono em água subterrânea, processo que absorve gás carbônico.

Há milhões de anos, os níveis desse gás na atmosfera eram de 10 a 15 vezes mais altos do que hoje. A remoção do dióxido de carbono acabou aumentando os níveis de oxigênio.

Há 300 milhões de anos a atmosfera assim ficou com 35% de oxigênio, ajudando na evolução de insetos.

Fonte:

Revista Galileu

[Ciência]