As descobertas fósseis publicadas no Science Advances revelaram que as cobras possuíam patas traseiras durante os primeiros 70 milhões de anos de sua evolução.
Pesquisadores da Universidad Maimónides, na Argentina, e da Universidade de Alberta, no Canadá, mostraram em novo estudo que cobras da espécie Najash rionegrina, que tinham pernas e viveram há 100 milhões de anos, tiveram uma enorme importância no processo de evolução desses animais.
Ao analisarem fósseis bem preservados, os cientistas notaram que as cobras Najash rionegrina tinham uma estrutura óssea do crânio conhecida como osso jugal.
Não há registros anteriores de que serpentes possuíam esse osso – que, inclusive, desapareceu em cobras mais modernas.
Cada fóssil foi analisado por meio de tomografia computadorizada para detectar os caminhos dos nervos e de veias sanguíneas que existiam nas serpentes.
“Nossos achados suportam a ideia de que os ancestrais de cobras modernas tinham corpos e bocas grandes, em vez de formas reduzidas como se pensava antes”, disse Fernando Garberoglio, pesquisador da Universidad Maimónides.
Essas cobras primitivas com perninhas não eram apenas um estágio evolutivo transitório no caminho para algo melhor. Em vez disso, eles tinham um plano corporal altamente bem-sucedido que persistiu por muitos milhões de anos e se diversificou em uma variedade de nichos terrestres, escavadores e aquáticos
As Najash rionegrina habitaram a Patagonia e são parentes de cobras que viveram no sul do antigo supercontinente Gondwana, que existiu abaixo da linha do Equador, há cerca de 200 milhões de anos.
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