Fotografia e a câmara escura
Fotografia é a arte de fixar a imagem de qualquer objeto numa chapa ou película com o auxílio da luz. Não teve um único inventor, visto que o conhecimento de seus princípios óticos se atribui a Aristóteles, nascido em 384 a.C., e o uso para observação de eclipses e auxílio artístico, ao cientista napolitano Giovanni Baptista Della Porta, século XVI.
Para Aristóteles, a descoberta foi feita através da observação da imagem do sol, durante um eclipse parcial. O astro projetava-se no solo em forma de meia lua quando seus raios passavam por pequenos oríficios entre as folhas. Também percebeu que essas imagens seriam mais nítidas quanto menores fossem esses oríficios.
Mais tarde, um erudito árabe chamado Alhazem descreveria a câmara escura em princípios do século XI. Sendo que três séculos mais tarde, já era aconselhado seu uso como auxílio ao desenho e à pintura. Isso se deve a Della Porta, que publicou, em 1558, uma descrição detalhada da câmara e de seus usos.
Essa câmara era um quarto privado de luz, no qual possuía um orifício e sua parede oposta era pintada de branco. Quando um objeto era posto diante do orifício, do lado de fora da câmara, sua imagem era projetada invertida sobre a parede branca.
Lentes e diafragma
Muitos tentaram melhorar a qualidade da imagem projetada através da diminuição do tamanho do orifício. Mas isso escurecia a imagem, tornando, dessa forma, inviável para o artista trabalhá-la. Isso foi resolvido por Girolamo Cardano, em 1550, que sugeriu o uso de uma lente biconvexa. Com isso, permitiria o aumento do orifício sem perda de nitidez e garantindo luminosidade suficiente na imagem.
Em 1568, Danielo Brabaro, no seu livro ” A prática da perspectiva” mencionava que variando o diâmetro do oríficio, era possível melhorar a nitidez da imagem. Assim, outro aprimoramento apareceu: foi instalado um sistema, junto com a lente, que permitia variar o tamanho do orifício, e ficou conhecido como “diaphragma“.
Nessa altura, já era possível formar uma imagem satisfatoriamente controlável. Mas sua impressão no papel só era possível com o intermédio de um artista.
Revelação
Começando em 1604, uma série de descobertas guiaria o caminho para a revelação de imagens através do uso da química. Desde a mudança de tonalidade de compostos de prata expostos à luz até o monopólio na criação de placas fotosensíveis por britânicos, em 1880.
Depois de muito tempo, de tentativas e erros, o empreendedor George Eastman introduziu a película de rolo, em 1884. Seguida da primeira câmara Kodak, em 1888. Trazendo a ideia de que qualquer um podia “aperta o botão” e que a companhia do Sr Eastman “fazia o resto”. Ou seja, revelava as fotografias e ganhava com isso.
Esse cenário continuaria a mudar com a inserção da primeira câmera digital comercial da história, em 1990. Com a facilidade de armazenamento, do fluxo das imagens e revelação desnecessária, esses modelos vieram a calhar. Assim como possibilitaram à diminuição do custo da fotografia. Atualmente, as câmeras digitais são extremamente comuns e encontradas em computadores e celulares.
Fontes:
Corecromo (A história da fotografia)
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