A decisão não aconteceu assim, do dia para a noite. Foram anos de intenso debate, com argumentos válidos dos dois lados do “ringue”, e o rebaixamento de Plutão rende polêmica até hoje.
A votação envolveu 424 astrônomos, com Mike Brown, pesquisador da Caltech, anunciando oficialmente: “Plutão não é um planeta. Há, oficialmente, oito planetas no Sistema Solar”.
Já Alan Stern, líder da missão New Horizons, da NASA, declarou na ocasião: “Estou com vergonha da astronomia. Menos de 5% dos astrônomos do mundo votaram. Essa definição ‘fede’, por razões técnicas”.
O que é preciso para ser considerado um planeta
De acordo com a União Astronômica Internacional (IAU, na sigla em inglês), para um corpo celeste ser classificado como um planeta, ele precisa atender a três requisitos principais.
Em primeiro lugar, precisa estar em uma órbita em torno do Sol, em segundo lugar, deve ter gravidade suficiente para puxar-se em uma forma esférica, e em terceiro lugar, ele precisa ter “limpado a vizinhança” da sua órbita.
Plutão orbita o Sol e também é de forma esférica, encaixando dois requisitos. No entanto, o planeta anão começa a ter problemas quando os astrônomos olham para a regra final.