Cientistas indianos descobriram um exoplaneta sub-Saturno orbitando uma estrela parecida com o Sol a cerca de 600 anos-luz de distância.
O planeta foi nomeado de EPIC 211945201b ou K2-236b, e ele é bem grande – cerca de 27 vezes mais massivo que a Terra. A descoberta mostra que a Índia se uniu a um pequeno grupo de países para confirmar um planeta fora do nosso Sistema Solar.
Os exoplanetas em si não são tão raros nos dias de hoje – nós confirmamos a existência de 3.786 deles .
Mas a grande maioria (~ 2.600) foi localizada e depois confirmada como planetas pelo telescópio espacial Kepler da NASA.
Este último planeta também foi visto pela primeira vez e listado como um possível candidato a planeta pelo Kepler, mas foi uma equipe de cientistas indianos que confirmou que era um planeta, em vez de simplesmente um cometa ou outro objeto astronômico – que é a parte complicada.
A equipe foi liderada por Abhijit Chakraborty, do Laboratório de Pesquisa Física (PRL), Ahmedabad.
Eles passaram um ano e meio no Observatório Gurushikhar da PRL em Mount Abu, Índia, estudando as mudanças na luz vindas da estrela hospedeira do planeta, EPIC 211945201 ou K2-236, e realizando uma confirmação independente de sua massa.
“Nós relatamos aqui fortes evidências de um sub-Saturno em torno do EPIC 211945201 e confirmamos sua natureza planetária” , relatou a equipe no Astronomical Journal da American Astronomical Society.
Enquanto o planeta orbita uma estrela parecida com o Sol, ele está aproximadamente sete vezes mais próximo de sua estrela do que a da Terra, o que significa que a temperatura pode estar em torno de 600 graus Celsius, o que o tornaria muito quente e seco para suportar vida como conhecemos.
Aqui está o que sabemos até agora:
O EPIC 211945201b é cerca de 27 vezes mais massivo do que a Terra, e estima-se que seja cerca de seis vezes maior em raio.
O planeta orbita uma estrela parecida com o Sol a 600 anos-luz de distância.
Estima-se que ele esteja pouco mais de sete vezes mais próximo de sua estrela do que nós, o que significa que um ano dura apenas cerca de 19,5 dias.
É importante ressaltar que essa descoberta poderia ajudar os cientistas a entender como esses tipos de planetas se formam tão próximos de sua estrela hospedeira.
Além disso, isso mostra que a Índia agora tem a tecnologia e a expertise para confirmar os exoplanetas por conta própria.
A Organização de Pesquisa Espacial Indiana (ISRO) deu grandes passos nos últimos anos, estabelecendo novos recordes para lançamentos de satélites e colocando uma sonda em órbita ao redor de Marte – tudo por preços incrivelmente eficientes.
Obviamente, quando se trata do espaço, não importa quem está fazendo a pesquisa. Mas sim ter mais mentes e telescópios procurando por sinais da vida extraterrestre ou mesmo futuros lares para a humanidade, e isso nunca será uma coisa ruim.
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