Uma injeção “simples”, reparando lesões graves na medula espinhal, em breve será testada em humanos.
Em novembro de 2021, o tratamento havia sido comprovado em camundongos, tendo recuperado a capacidade de andar quatro semanas após uma única injeção do novo tratamento experimental.
Este último contém moléculas modificadas para criar nanofibras. Uma parte desta pesquisa foi realizada na Advanced Photon Source (APS) – uma instalação do Departamento de Energia dos EUA (DOE) no Laboratório Nacional de Argonne.
Lá, os cientistas usaram feixes de raios-X ultra-brilhantes para estudar a estrutura das moléculas modificadas e como elas se comportavam juntas em uma solução injetável.
Assim injetadas na forma líquida, as moléculas se associam, na solução, para formar minúsculas estruturas, as nanofibras, que envolvem a medula espinhal. Os pesquisadores descobriram que o movimento das moléculas nas nanofibras pode ser controlado alterando sua estrutura química.
No entanto, descobriu-se que as moléculas que mais se moviam tinham maior probabilidade de serem detectadas por um receptor celular. Este último ativa a regeneração de outras células na medula espinhal e, portanto, induz o reparo de neurônios danificados. Foi assim que os cientistas, trabalhando sob raios-X ultrabrilhantes, conseguiram selecionar as moléculas mais dinâmicas, para o tratamento mais eficaz depois.
Vários tipos de lesões tratadas
Em camundongos, este novo tratamento reparou lesões na medula espinhal de cinco maneiras: (1) extensões cortadas de neurônios (axônios) regenerados; (2) houve uma diminuição significativa no tecido cicatricial, portanto, menos barreiras para regeneração e reparo; (3) a mielina – a camada isolante dos axônios essenciais para a transmissão eficiente de sinais elétricos – reformada ao redor das células; (4) os vasos sanguíneos se formaram para fornecer nutrientes às células no local da lesão; e (5) mais neurônios motores sobreviveram.
Uma vez que a terapia está completa, os materiais se biodegradam em nutrientes para as células dentro de 12 semanas e depois desaparecem do corpo sem efeitos colaterais perceptíveis, de acordo com os autores do estudo. Esses resultados precisam ser reproduzidos em humanos.
A equipe de pesquisa planeja buscar a aprovação da Food and Drug Administration dos EUA para o tratamento ser usado em humanos.
Fonte:
[Saúde]
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