Como as pirâmides foram erguidas?
Um dos primeiros sarcófagos a adotar esse formato foi a Pirâmide de Djoser, imaginada pelo arquiteto Ihmotep que concebeu acumular as pedras em 6 camadas, ou mastabas, cada vez menores. Não atoa vários povos ao redor do mundo também descobriram que construções em formato de pirâmide são mais estáveis.
Pirâmide Curvada
São conhecidas mais de 100 pirâmides, como a Pirâmide Curvada. Curvada, porque começou a ser construída com o ângulo mais inclinado e no meio do caminho, por causa da da instabilidade, adotaram o ângulo de 47º que virou padrão.
Pirâmide Vermelha
Algumas adiantes resolveram usar pedras de calcários, mais lisas para o acabamento externo, como na Pirâmide Vermelha, que apesar de ter sido pilhada, ainda preserva parte da sua cobertura.
Pirâmide de Quéops
Toda essa prática levou à grande Pirâmide de Quéops, ou Khufu, construída há quase 4.500 anos, com 146 metros de altura, ele foi a construção humana mais alta por 4 mil anos, até a catedral de Lincoln, com 160 metros. Conforme o poder dos faraós diminuiu, o tamanho das pirâmides encolheu.
E até hoje nos perguntamos como ela foi construída
E ao contrário do que a maioria imagina, provavelmente elas foram erguidas por trabalhadores. Escavações no Platô de Gizé encontraram pedaços de cerâmica, inscrições, ossos de gado, peixes e restos de cereais, que atestam para um equipe de milhares muito bem alimentada. Condições incompatíveis com a escravidão.
Os mesmos trabalhadores assinaram, com orgulho, os cinco espaços escondidos sobre o túmulo do rei que foram descobertos em 1837. O último espaço estudado continha o nome do faraó Quéops, confirmando o que os gregos afirmavam há centenas de anos.
Mais ainda resta uma pergunta:
Como um país que sempre pagou fortunas por madeira vinda do Líbano poderia construir algo assim?
Mais de 2 bilhões de blocos de calcário entre 2 e 9 toneladas, e alguns de granito com mais de 60, somando cerca de 6 milhões de toneladas.
Os blocos são facilmente explicados:
Sabemos que eles eram cortados em pedreiras próximas e vinham pelo Nilo, que até o começo do século passado tinha cheia bem próxima. E seriam trazidos em trenós de madeira e areia molhada.
Várias teorias sobre como eles foram empilhados já foram propostas
Heródoto achavam que guindastes de madeira seriam suficientes. Outra teoria muito popular é a de uma mega rampa de acesso por onde o material seria puxado até o topo, o único problema é que para ter uma inclinação razoável, uma rampa de mais de 100 metros de altura teria que ter 1,5 km de comprimento, e consumiria muito mais recurso do que a própria pirâmide.
Outra ideia usando rampas, é uma espiral por fora que circulasse a pirâmide, mas teria desvantagem de não ancorar bem e impedir os construtores de checar se ele está ficando reta. Essas eram as opções em 2006.
A teoria das rampas internas
O arquiteto Jean Pierre Houdin propôs algo bem radical, com ajuda do egiptólogo Bob Brier. Houdin propôs um esquema usando bem menos gente, com uma rampa externa para a primeira metade da pirâmide, onde ao invés de centenas de pessoas puxando o blocos gigantescos de granito, eles seriam transportados em trenós puxados por contra-pesos, sistema que explica uma série de marcas na entrada da câmara do rei.
Para a metade de cima da pirâmide, a rampa de acesso seria desmontada e reaproveitada, e as pedras menores subiriam puxadas em túneis pelas bordas de dentro da pirâmide.Só faltava Houdin explicar onde ficava essa espiral interna.
Até ele encontrar um estudo de densidade da pirâmide que identificou uma região bem menos densa, provavelmente oca que bate exatamente com a teoria de rampas internas. A descrição da ideia e das evidências foi escrita por ele e por Bob Brein em 2008, no livro “The Secret of Great Pyramid”.
Fontes:
- Nerdologia
- – Pirâmide de Djoser: http://bit.ly/1hzzqUE
- – Pirâmide Curvada: http://bit.ly/1otkvjA
- – Pirâmide Vermelha: http://bit.ly/1j0jTTf
- – Pirâmide de Quéops: http://bit.ly/1mFPN5D
- – Foto da cheia de 31 de outubro de 1927:http://bit.ly/1kOB33b
- – Bonaparte diante da Esfinge, por Jean-Léon Gérôme: http://bit.ly/1iuHLZc