As lentes gravitacionais são efeitos realmente impressionantes que podemos observar no universo. Elas foram propostas por Albert Einstein a mais de 100 anos atrás quando ele postulou a ideia da luz poder ser desviada ao passar através de uma grande massa.
Essa propriedade que ajudou a provar que a relatividade estava correta durante a observação do eclipse total do Sol de 1919. Com o avanço tecnológico, foi possível desenvolver telescópios que possuem a capacidade de observar aglomerados de galáxias que estão a grandes distâncias no universo.
Logo que esses aglomerados começaram a ser observados, os astrônomos puderam notar algo incrível, galáxias distantes apareciam como arcos, ou seja, eram aproximadas e deformadas devido à grande massa desses aglomerados de galáxias.
Isso permitiu que os astrônomos pudessem observar o universo muito mais distante, além do poder nominal de seus telescópios e isso deu a oportunidade de se quebrar recordes atrás de recordes de galáxias e estrelas mais distantes.
Podemos dizer que o Telescópio Espacial Hubble é um dos grandes observador de aglomerados de galáxias e de lentes gravitacionais.
Mas aí veio o James Webb, e a primeira imagem científica divulgada desse novo telescópio espacial foi a do aglomerado SMACS-0723, um grande e poderoso aglomerado de galáxias repleto de lentes gravitacionais, o que já permitiu que o James Webb quebrasse em menos de um mês os recordes de distâncias no universo.
As lentes gravitacionais possuem propriedades interessantes de serem estudadas. E uma delas causa um efeito que é conhecido como Anel de Einstein.
Anel de Einstein
O Anel de Einstein acontece quando se tem um alinhamento perfeito entre a galáxia distante, o aglomerado de galáxias e o observador. O Anel de Einstein faz com que a galáxia distante crie um anel perfeito e não somente pedaços de arcos quando passa por uma grande concentração de massa.
O James Webb agora, com o seu imageador do infravermelho próximo, o NIRCam, conseguiu observar um impressionante Anel de Einstein.
É possível ver na imagem que a galáxia distante foi perfeitamente deformada até se tornar um anel , isso mostra que a galáxia mais distante está diretamente alinhada tanto com o observador como com o aglomerado que a distorceu.
Vale lembrar que a galáxia não tem a forma de anel, ela acaba ficando com essa forma ao passar pela grande concentração de massa
O Anel de Einstein é mais uma prova da Relatividade Geral e de seu funcionamento, além de servir para os astrônomos mapearem a distribuição de matéria escura no universo.
Quanto mais Anel de Einstein for detectado melhor será o mapa da distribuição da matéria escura e melhor será o nosso entendimento do universo.
Assista ao vídeo abaixo do canal Space Today para saber mais:
Via:
[Espaço]
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