Pela segunda vez na história, conseguimos capturar em vídeo uma lula-gigante nadando em seu habitat natural.
A rara aparição de uma lula-gigante (de nome científicoArchiteuthis spp.) foi registrada graças ao trabalho de uma equipe de cientistas norte-americanos. As imagens foram feitas no Golfo do México, região marítima que fica ao sul dos Estados Unidos.
A cientista havia formulado a hipótese de que os sons e as luzes dos veículos e submersíveis operados remotamente estavam afugentando grandes criaturas do mar e impedindo os pesquisadores de observar a vida no fundo do oceano como ela realmente é vivida.
Então, para essa expedição – uma jornada de 15 dias pelo Golfo do México financiada pelo Escritório Nacional de Pesquisa e Exploração Oceânica da Administração Oceânica e Atmosférica dos EUA -, Widder criou a Medusa.
A câmera usada emprega luz vermelha que a maioria das criaturas do mar não consegue ver. Além disso, possui uma isca óptica na forma de um anel de luzes de LED que se assemelha a uma água-viva bioluminescente.
O esforço deu resultado
Cerca de 20 horas de gravação da quinta implantação da Medusa depois, o Dr. Nathan Robinson, diretor do Instituto Cape Eleuthera nas Bahamas, viu os tentáculos se infiltrando na visão da câmera e correu chamar a Dra. Widder.
Essas criaturas são raramente flagradas por serem extremamente inteligentes e misteriosas — hoje, os biólogos ainda não sabem definir seu comportamento.
Essa espécie de molusco também tem olhos que, além de serem os maiores do reino animal, são extremamente sensíveis. Veja o vídeo do registro da espécie divulgado pelos pesquisadores:
Essa foi apenas a segunda expedição a filmar uma lula-gigante em seu habitat de águas profundas, e a primeira filmada nos Estados Unidos.
A lula foi observada perto de Appomattox, a maior plataforma flutuante de perfuração de petróleo da Shell no Golfo do México.