Um estudo publicado nesta terça-feira (14) na renomada revista científica Science prevê que, caso não haja alguma vacina ou um tratamento aprimorado até 2022, medidas de distanciamento social prolongadas ou intercaladas deverão ser tomadas para a contenção da pandemia de Covid-19.
A pesquisa, liderada por cientistas da Escola de Saúde Pública da Universidade Harvard, contradiz as expectativas de alguns governos, como o da Casa Branca, de que a pandemia seria controlada ainda este ano, como informa a CNN.
Para criar os possíveis cenários da disseminação da doença, os cientistas utilizaram dados sobre a Covid-19 e outras doenças causadas por vírus da família Coronaviridae.
Outro fator que os pesquisadores levaram em consideração é o fato ainda não estar claro para os médicos se é possível que haja uma reinfecção por Sars-CoV-2. Assim, eles puderam estimar o avanço da Covid-19 até 2025.
Segundo os pesquisadores, é possível que a resistência ao vírus Sars-CoV-2 por pacientes já recuperados da doença dure cerca de dois anos, o tempo aproximado da resistência provocada pele infecção da Sars (síndrome respiratória aguda grave).
Outros fatores que podem influenciar as estatística é a quantidade de pessoas que um paciente pode infectar (em outras doenças causadas por coronavírus, esse número está entre 2 e 3 indivíduos) e se o vírus é sazonal, ou seja, se ele se espalha mais em estações quentes ou frias.
Até 2022
“O distanciamento intermitente pode ser necessário até 2022, a menos que a capacidade de tratamento intensivo seja substancialmente aumentada ou um tratamento ou vacina fique disponível”, consta o estudo.
Ou seja, até que uma vacina seja aprovada e esteja disponível para a população, medidas para que as pessoas permaneçam seguras e dentro de casa serão necessárias, como o fechamento de escolas e comércios e outros tipos de restrições a circulação.
O estudo também chama atenção para o fato de que uma única medida de contenção, realizada por um curto período, pode não ser a melhor estratégia de combate à pandemia, pois, uma vez que a população volte ao seu dia a dia regular, o vírus pode se espalhar de forma abrupta e gerar mais uma onda de infecções.
Fonte:
[Saúde]