Inóspita para os humanos, a Caverna dos Cristais, no México, tem formações cristalinas com até 11 metros de comprimento
Parece um cenário de filme de Super-Homem, mas trata-se de uma das mais espetaculares formações geológicas já encontradas.
As cavernas de cristais de Naica foram abertas há um século por mineradores em busca de prata e outros metais valiosos. Hoje, o local fascina os cientistas pela presença de extremófilos, organismos capazes de sobreviver em condições aparentemente impossíveis.
O ambiente dentro das cavernas é quente, com temperatura variando entre 40 e 60 graus Celsius, ácido e com bastante umidade.
Nas partes mais profundas não existe luminosidade, o que impede a fotossíntese. Por isso, qualquer forma de vida deve apelar à síntese química, provavelmente pelo processamento dos minerais das rochas, para sobreviver.
Caverna de cristais no México abriga micróbios adormecidos há 10 mil anos
Cientistas conseguiram extrair micróbios adormecidos nos famosos cristais gigantes da mina de Naica, no estado mexicano de Chihuahua, e os reviveram.
De acordo com os pesquisadores, esses micro-organismos provavelmente foram aprisionados há pelo menos 10 mil anos, mas é possível que a idade alcance impressionantes 50 mil anos.
A descoberta é mais uma demonstração da habilidade da vida de se adaptar aos mais hostis ambientes.
Os pesquisadores já haviam encontrado organismos nas paredes das cavernas, mas os recém-descobertos estavam dentro dos grandes cristais.
As agulhas de gipsita foram formadas ao longo de milhões de anos e não são perfeitas. Os defeitos são pequenos espaços vazios, onde fluidos foram coletados e ficaram encapsulados. Usando ferramentas esterilizadas, os pesquisadores abriram essas fendas e coletaram amostras. [Ciência]
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