Registros apontam que é a primeira morte ligada à raiva na Noruega em mais de 200 anos.
A norueguesa Birgitte Kallestad, de 24 anos, morreu de raiva após brincar com um filhote de cachorro que estava infectado com o vírus da doença. Ela resgatou o animal enquanto passava as férias nas Filipinas.
A jovem viajou ao país asiático com suas amigas em fevereiro deste ano. Segundo o jornal The Washington Post, elas encontraram um filhotinho na beira da estrada e Kallestad o levou para o resort onde todas estavam hospedadas. No estabelecimento, ela deu banho e brincou com o bicho.
Kallestad levou alguns “pequenos arranhões” do animal, disse a família, e lavou os cortes sem procurar tratamento médico.
Foi só quando voltou à Noruega que ela começou a se sentir mal e foi ao hospital várias vezes.
Naquela época, pouco tempo depois de sua viagem às Filipinas, os médicos tiveram dificuldade em diagnosticar o problema.
Foi somente no sábado, dia 4 de maio, que autoridades confirmaram que ela tinha contraído raiva, informou a Fox News. A jovem morreu na segunda-feira, 6 de maio. De acordo com a BBC, é a primeira morte ligada à raiva na Noruega em mais de 200 anos.
“Nossa querida Birgitte amava animais. Nosso medo é que isso aconteça com outras pessoas que têm um coração caloroso como ela”, declarou a família em comunicado.
A raiva é uma doença viral, frequentemente transmitida através da saliva de um animal infectado, de acordo com o Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC), agência de saúde dos Etados Unidos.
Os primeiros sinais da enfermidade incluem sintomas semelhantes aos da gripe, como fraqueza, febre e dor de cabeça, que são seguidos por ansiedade, confusão, alucinações e insônia.
Existe uma vacina contra a raiva, mas, para ser eficaz, deve ser administrada antes que os sintomas apareçam. Infelizmente, uma vez que uma pessoa começa a apresentar sintomas, não há tratamento eficaz e a doença é quase sempre fatal.
Segundo o portal Live Science, a raiva permanece endêmica em mais de 120 países, principalmente áreas com recursos de saúde pública inadequados e acesso limitado a tratamento preventivo.
Em janeiro deste ano, o CDC relatou que uma mulher do estado da Virgínia, nos EUA, morreu de raiva após ser mordida por um bicho enquanto ela estava em um retiro na Índia.
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