Em março de 2000, Inés Ramírez Pérez, uma mexicana do estado de Oaxaca , ganhou a atenção da mídia após realizar uma cesariana em si mesma. Apesar de não ter treinamento médico, a operação foi bem-sucedida e ela e seu bebê sobreviveram.
A cesariana que Inês realizou em si mesmo aconteceu depois que ela entrou no trabalho de parto e não conseguiu obter assistência médica em sua aldeia. Ela caminhou por horas até chegar a um centro de saúde, mas o hospital não tinha estrutura para o parto.
Lá, ela sentiu que teria que agir sozinha para salvar a vida de seu bebê e de si mesma. Com um facão, ela fez um corte em sua barriga e retirou o bebê, que nasceu de forma saudável. Ela então usou agulha e linha para costurar o corte.
A mãe foi então levada para o hospital mais próximo, que ficava a cerca de oito horas de distância. Uma vez no hospital, a equipe cirúrgica certificou-se de que não havia sepse ou lesão nos órgãos.
No sétimo dia de pós-operatório, ela foi submetida a uma segunda cirurgia para reparar complicações decorrentes de danos ao intestino ocorridos durante a cesariana. Ela teve alta do hospital no décimo dia após a cirurgia e teve uma recuperação completa.
O ato heroico de Inês foi reconhecido por muitos em todo o mundo, mas também chamou a atenção para a falta de acesso à saúde em áreas rurais e remotas. O México tem uma das maiores taxas de mortalidade materna na América Latina, com a maioria das mortes ocorrendo em áreas rurais e indígenas.
Para melhorar a situação, o governador mexicano lançou um programa de saúde para mulheres indígenas em 2019, com o objetivo de fornecer serviços de saúde de qualidade e culturalmente apropriados para mulheres em áreas rurais e indígenas.
O relato de caso foi publicado no International Journal of Gynecology and Obstetrics.
Fonte:
[Saúde]
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