A musicista norte-americana Anna Marie Whitlock Henry tocou flauta para os médicos durante sua própria cirurgia cerebral em um hospital localizado em Houston, no Texas.
Ela passou por um procedimento de estimulação profunda do cérebro, realizado na tentativa de minimizar os tremores das mãos e cabeça causados pelo Mal de Parkinson, e foi mantida acordada durante toda a operação.
A cirurgia de estimulação cerebral ocorre por meio do implante de eletrodos no cérebro pacientes para controlar os tremores ocasionados pela doença.
Para que os médicos possam ver se os pequenos equipamentos foram colocados corretamente, é necessário que os pacientes permaneçam acordados, tendo em vista que, em um cenário ideal, os médicos conseguiriam perceber imediatamente a melhora do paciente e o sucesso do procedimento.
Ao canal norte-americano KHOU, o neurocirurgião responsável pelo procedimento Dr. Albert Fenoy, explicou que essa é uma maneira de melhorar a qualidade de vida de um paciente, tendo em vista que os medicamentos têm um efeito modesto na melhora do tremor.
“Eu podia lutar contra a cirurgia, mas estou cansada de fazer isso. E a doença está piorando. Eu sei que é uma questão de admitir que não posso mais fazer isso”, disse Anna.
A doença, que atingiu a flautista ainda na infância, impedia que a norte-americana executasse procedimentos simples do cotidiano, como consumir sopa ou água. Ao longo do tempo, os sintomas foram se agravando, a ponto de impactar de forma significativa sua atividade profissional.
Foi então que ela percebeu que havia a necessidade de intervir com medidas mais radicais para desacelerar o Parkinson. “Estou muito grata por ter tido a oportunidade de fazer algo que meu pai nunca teve”, explicou Anna Marie, ao apontar que a doença faz parte da história de sua família.