Momentos dramáticos e descontraídos da missão que levou o homem à Lua podem ser conferidos nos sites da NASA e da Universidade do Texas
Nesta semana, a NASA e a Universidade do Texas divulgaram cerca de 19 mil horas de gravação de áudio da missão que levou os primeiros humanos para a Lua, a missão Apollo 11.
Para além das estrelas da missão, os astronautas Neil Armstrong e Buzz Aldrin, as gravações permitem que o ouvinte viaje pela história e conheça os seus bastidores.
“A história real está do lado da sala de controle da missão”, afirmou à NBC o engenheiro de software Ben Feist, que está ajudando a organizar e processar os áudios. “Como eles fizeram isso? Como eles enviaram todo mundo para a Lua?”
Os áudios incluem cada momento em que os astronautas, a sala de controle e a equipe de apoio se comunicaram, mostrando a camaradagem e confiança entre todos os envolvidos na missão.
“A história que emerge é menos sobre os astronautas a bordo e mais sobre os heróis por trás dos heróis”, descreve o site Science Alert.
Naquela época, a sala de controle era bem menor do que a atual e o fato dela conseguir se comunicar com os astronautas já era um grande avanço.
No Centro Espacial Lyndon Johnson, haviam apenas 20 computadores ajudando a comandar a missão, sendo que eles eram muito menos poderosos do que os smartphones de hoje em dia.
Sendo, era de se imaginar, que a missão, apesar de ser um sucesso, também teve os seus contratempos. Um pouco antes da nave pousar na Lua, a sala de controle começou a ter dificuldades com os dados do radar e a comunicação se tornou irregular. Caso isso piorasse, a missão deveria ser cancelada.
Gravação da missão Apollo 11
Assim como os computadores, as gravações de áudio encontradas pelos pesquisadores da Universidade do Texas eram igualmente rudimentares: eles só poderiam ser rodados em um aparelho chamado SoundScriber, popular nos anos 1960.
“Nós não podíamos usar aquele sistema, então tivemos que criar um novo”, conta John H. L. Hansen, professor de engenharia elétrica da instituição. “Nós criamos nosso próprio equipamento de leitura de 30 faixas, e construímos uma solução paralela para a captura de todas as 30 faixas de uma vez”, explica.
Foi assim que os cientistas conseguiram driblar o tempo: se os áudios fossem digitalizados manualmente, seriam necessários, no mínimo, 170 longos anos.
Com a solução em mãos, você agora pode ouvir os arquivos completos no site da Nasa ou da Universidade do Texas.