Nova teoria confirma a impossibilidade de viagem no tempo
Cada vez que a luz interage com a matéria, ela parece desacelerar. No entanto, a relatividade geral implica que a luz incidente sofre aceleração e, portanto, pode variar com o tempo.
Levando essa aceleração em consideração na mecânica ondulatória, os pesquisadores sugerem em um novo estudo que a seta unidirecional do tempo é uma propriedade geral e fundamental da natureza que não pode ser revertida. A viagem no tempo seria, portanto, impossível, como já sugerem as teorias de Einstein.
Assumindo que a velocidade de uma onda pode variar ao longo do tempo, os investigadores desenvolveram uma nova equação chamada “ondas aceleradas”, que talvez pudesse pôr fim aos debates. O principal autor do estudo, Matias Koivurova, da Universidade de Tempere, no leste da Finlândia, explica :
“Encontrei uma forma muito interessante de derivar a equação de onda padrão em dimensões 1+1. A única suposição que eu precisava era que a velocidade da onda fosse constante. Aí eu disse para mim mesmo: e se nem sempre fosse constante? Essa acabou sendo uma pergunta muito boa.”
Uma flecha unidirecional do tempo?
No início, as soluções encontradas pelos investigadores pareciam não fazer sentido, até perceberem que simplesmente se comportavam de forma relativista. Este é mais ou menos o mesmo efeito de contraste entre hipotéticos viajantes espaciais que teriam uma percepção diferente do tempo e da distância em comparação com os observadores terrestres. Para obter soluções consistentes com este princípio, decidiram considerar uma velocidade de referência constante: a da luz no vácuo.
Os cálculos revelaram que, considerando que as ondas podem acelerar, existe uma direção temporal unidirecional bem definida. Em outras palavras, a equação da onda acelerada só permite soluções nas quais o tempo apenas flui para frente e não vice-versa. Do ponto de vista termodinâmico, o aumento da entropia mostra em que direção o tempo está se movendo. Supondo que este último possa retroceder, a entropia diminui para o seu nível mínimo, onde é livre para aumentar novamente.
Fonte:
[Física]
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