Ornitorrincos possuem genes relacionados a pássaros, répteis e mamíferos

Ornitorrincos

Pela primeira vez, os pesquisadores publicaram o mapa genético completo dos ornitorrincos. Esses animais curiosos têm despertado o interesse de biólogos desde sua descoberta.

Possuindo espinhos venenosos, botando ovos e cuidando de seus filhotes, os ornitorrincos são os únicos animais – junto com as quatro espécies que compõem as equidnas – a fazer parte da ordem altamente especializada dos monotremados.

Os pesquisadores realizaram, assim, um sequenciamento completo de seu genoma, revelando genes de várias classes de vertebrados, como aves, répteis e mamíferos.

Além de revelar a especificidade genômica desses animais, essas descobertas também nos ajudam a entender melhor como outros mamíferos e vertebrados evoluíram de um ancestral comum.

Os ornitorrincos sempre fascinaram os cientistas com suas características incomuns e surpreendentes

Nos últimos anos, o genoma de uma fêmea de ornitorrinco foi parcialmente sequenciado, mas sem nenhuma sequência do cromossomo Y, muitas informações genéticas estavam faltando.

Usando um ornitorrinco macho, os pesquisadores agora criaram um mapa genético preciso e completo do genoma desse estranho animal.

Hoje, os mamíferos vivos são divididos em três grupos, incluindo monotremados, marsupiais e eutéricos, ou “placentários”. Nós, humanos, pertencemos a este último grupo.

Juntos, os dois últimos formam uma subclasse conhecida como mamíferos Therian. Todos os mamíferos Therian dão à luz bebês diretamente, mas os monotremados são simplesmente muito diferentes para serem considerados como pertencentes a esse grupo.

O genoma completo também revelou a perda de quatro genes associados ao desenvolvimento dentário, que provavelmente desapareceram há cerca de 120 milhões de anos.

Para comer, o ornitorrinco agora usa um par de apêndices em forma de chifre para esmagar sua comida.

As esporas venenosas em suas patas traseiras podem ser explicadas por genes que codificam defensinas, que estão associadas ao sistema imunológico em outros mamíferos e parecem dar origem a proteínas únicas em seu veneno.

As equidnas, cujo genoma também foi completamente sequenciado, parecem ter perdido esse gene-chave do veneno.

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