Os EUA vão fazer o primeiro exercício militar em órbita da história

Exercício militar em órbita

A Força Espacial dos EUA informou que está firmando parceria com as empresas Rocket Lab e True Anomaly para realizar missão inédita: um exercício militar em órbita.

O órgão, criado em 2019 pelo ex-presidente dos EUA Donald Trump, pretende demonstrar como os militares podem combater uma “agressão em órbita“, sinaliza a ArsTechnica.

Força Espacial em exercício militar em órbita

Na missão, um satélite construído e lançado pela Rocket Lab irá atrás de outro fabricado pela True Anomaly;

“Os fornecedores exercitarão cenário realista de resposta a ameaças em demonstração de conscientização do domínio espacial em órbita chamada Victus Haze”, disse o Comando de Sistemas Espaciais da Força Espacial em comunicado;

O cenário de ameaça proposto pode envolver um satélite realizando manobras que se aproximam de naves dos EUA, ou, ainda, um satélite agindo de forma incomum ou inesperada;

A Victus Haze será realizada assim: o satélite da True Anomaly será lançado antes, fingindo ser um satélite inimigo. A Rocket Lab terá outro de prontidão para inspecionar o dispositivo da True Anomaly. Quando a Força Espacial der a ordem, ele será lançado;

Se tudo correr bem, os dois satélites trocarão de funções, com o Jackal, da True Anomaly, manobrando ativamente ao redor do dispositivo da Rocket Lab.

“Quando outra nação coloca um ativo no espaço e não sabemos bem o que é esse ativo, não sabemos qual é a sua intenção, não sabemos quais são suas capacidades, precisamos poder subir lá e descobrir o que é essa coisa”, disse o general Michael Guetlein, vice-chefe de operações espaciais da Força Espacial.

A Força Espacial informou que os satélites deverão ser entregues até o período compreendido entre setembro e novembro de 2025.

“Se um concorrente próximo faz um movimento, precisamos tê-lo em nossa aljava para fazer uma contra-manobra, seja subir e fazer uma demonstração de força ou subir e fazer consciência do domínio espacial ou entender a caracterização do ambiente – o que está acontecendo?” Guetlein disse.

Fonte:

Olhar Digital

[EUA]