Na letra fria e objetiva da ciência, Júpiter é um planeta gasoso, não composto primariamente por matéria sólida, mas sim principalmente de hidrogênio, formando o maior planeta do sistema solar – duas vezes e meia maior do que a massa de todos os outros planetas somados.
Quando visto de perto, porém – como fez e fotografou a sonda Juno, enviada pela NASA – Júpiter se revela na verdade como uma obra de arte.
O quinto planeta mais próximo do sol possui uma imensa atmosfera, a maior do sistema solar, com mais de 5 mil km de altitude, que permanece permanentemente coberta por nuvens de cristais de amônia em ventanias e tempestades intensas.
Esses movimentos das faixas atmosféricas do planeta formam os incríveis desenhos abstratos na face de Júpiter, criando assim imagens e cores espetaculares feito fossem telas impressionista – como se Van Gogh ou Monet tivessem pessoalmente desenhado a face do planeta com seus pinceis.
Uma dessas tempestades oferece a característica gráfica mais marcante do planeta: a “grande mancha vermelha”, uma tempestade anticiclônica permanente, maior em quase três vezes que o planeta Terra.
A sonda Juno foi enviada ao espaço em 2011, e no início desse ano as imagens de Júpiter foram liberadas pela NASA.
Diversos importantes estudos sobre a formação e composição do planeta e do próprio sistema solar serão fundados e aprofundados a partir das informações recolhidas pela Juno – mas o mais impactante aos nossos olhos e corações é mesmo perceber como a natureza, mesmo a mais de 500 milhões de km da Terra, segue sendo a mais impressionante das artistas.