Como seria uma viagem para Marte?
Depois da Terra, Marte seria o planeta mais habitável do sistema solar e tem sido considerado como um dos principais candidatos à colonização humana extensiva e permanente, não apenas por estar mais próximo ao nosso planeta, mas também pelas condições da sua superfície – que são mais semelhantes às da Terra, comparativamente a outros planetas do Sistema Solar -, destacando-se, por exemplo, a disponibilidade de águas superficiais, embora congeladas, em Marte.
Os obstáculos
Os astronautas que viajarem para Marte podem passar até três anos no espaço, onde a radiação é alta e, portanto, são maiores os riscos de desenvolver câncer, perder densidade óssea e sofrer problemas imunológicos, entre outros problemas de saúde.
A gravidade de Marte também é menor (1/3 da terra). Dificultando ainda mais a colonização. Marte também não tem mais o seu campo magnético recebendo boa parte da radiação do sol. Existem muitas questões em aberto de como manter o ser humano por muito tempo em Marte.
Problemas Psicológicos
Em viagens mais longas, os astronautas têm ainda que enfrentar problemas psicológicos. Isso porque eles ficam limitados em um espaço limitado, isolados da vida normal da Terra e convivem com um grupo pequeno de companheiros, e normalmente de outras nacionalidades. Essas mudanças podem provocar ansiedade, insônia, depressão, além de criar situações de tensão na equipe.
Muitos médicos pesquisam os efeitos da ausência de gravidade no corpo humano, para melhorar os cuidados com a saúde não só daqueles que viajam pelo espaço, mas também dos que ficam na Terra. Isso porque os efeitos de uma viagem espacial são semelhantes a algumas das consequências do envelhecimento do organismo. Como podemos perceber, uma viajem para Marte é muito mais difícil do que parece à primeira vista.