O correto seria chamá-lo de “oculto” ou “distante”. Ele nunca é visto da Terra, mas recebe até mais luz solar que a face avistada daqui
Não há nada de sombrio ou misterioso no “lado escuro” da Lua. Na verdade, muitas naves tripuladas e não tripuladas – inclusive as famosas missões Apollo e seus astronautas americanos – fotografaram e filmaram essa região do nosso satélite natural.
Não encontraram nada de esquisito, somente pedras, areia, crateras e montanhas. E ratificaram o que os astrônomos já estavam carecas de saber: a Lua não tem “lado escuro” nenhum, mas uma face que nunca é vista por quem olha aqui da Terra.
Por que vemos sempre o mesmo lado da Lua?
Lado oculto, porém, não quer dizer que ele seja escuro. A Lua, assim como o nosso planeta, gira em torno de seu próprio eixo. Ou seja: tem um ciclo de dia e noite, com cada centímetro da sua superfície sendo iluminado pelo Sol por um determinado período a cada giro completo.
A gente vê sempre o mesmo lado da Lua porque a atração gravitacional exercida pela Terra forçou a ocultação permanente da outra face.
Ao longo do tempo, a interação gravitacional entre os dois corpos celestes fez com que o satélite ficasse trancado numa espécie de sincronização entre seus períodos de rotação (o giro da Lua em torno de si mesma) e translação (a volta que ela dá ao redor do nosso planeta). Os dois levam um pouco menos de 4 semanas para ser completados. É a duração do mês lunar .
Imagine o seguinte…
Ora, se para dar uma volta em torno de si mesma a Lua gasta o mesmo tempo que para dar uma volta ao redor da Terra, o satélite acaba ficando sempre com a mesma face virada na nossa direção.
Torna-se um pouco mais fácil de visualizar quando você imagina uma pessoa dando uma volta ao seu redor no mesmo tempo em que dá um giro completo em torno dela mesma.
Faça o teste! Ao estabelecer essa sincronia de movimentos (a mesma que existe entre a rotação e a translação da Lua ), essa pessoa jamais vai lhe dar as costas, mantendo os olhos o tempo todo em você.
Para saber mais assista ao vídeo do Minuto da Terra