Por que os homens existem? Cientistas finalmente descobriram

Homens

Avaliando outras possibilidades de reprodução, muitas pessoas, além dos cientistas, se perguntam por que os homens existem

O papel do macho não parece muito importante para a vida. O esperma é sua única contribuição para a reprodução.

Um sistema em que a prole fosse produzida sem sexo – como em populações fêmeas assexuadas – seria muito mais eficiente em gerar um maior número de descendentes, não?

Aparentemente, sim. Então por que existem homens?

Um estudo publicado na revista científica “ Nature ”, foi encontrada uma justificativa satisfatória para a existência do sexo masculino. 

Até então, a comunidade científica não conseguia entender como espécimes machos teriam sobrevivido se a única contribuição deles para a reprodução era o esperma.

Dentro dessa linha de pensamento, faria muito mais sentido, em termos evolucionários, se uma população de fêmeas fosse responsável por gerar filhas de forma autônoma, de forma semelhante ao que acontece com a espécie de lagartos cnemidophorus uniparens.

Também chamados de “lagartas lésbicas”, os répteis dessa espécie que habita os desertos dos Estados Unidos são constituídos apenas de fêmeas capazes de produzir ovos sem fecundação, somente com a carga genética da mãe.

Embora independente, a reprodução ocorre de forma mais eficiente quando há uma parceira para estimular a ovulação por meio de carícias.

Seleção sexual

Porém, a nova pesquisa mostra que a competição sexual por parceiros ajuda a deixar a população mais saudável, livre de doenças e geneticamente diversa.

A existência dos machos, portanto, não seria um mero capricho da natureza. “Quase todas as espécies multicelulares da Terra reproduzem por meio do sexo, mas a existência dele não é fácil de se explicar porque o sexo acarreta várias desvantagens.

A mais evidente delas é que apenas metade dos seus filhos (as filhas) podem de fato gerar novos filhos.

Porém, nossa pesquisa mostra que a competição entre machos pela reprodução oferece um benefício muito importante, já que melhora a saúde genética das populações”, explicou ao “ Telegraph ” o diretor da pesquisa, Matt Gage, da Universidade de East Anglia School de Ciências Biológicas.

Para provar a importância da reprodução sexual, o grupo liderado por Gage avaliou o comportamento de uma colônia de besouros ao longo de 10 anos, dentro de condições controladas no laboratório.

Depois de sete anos (o equivalente à passagem de 50 gerações), os pesquisadores concluíram que machos que competiram por fêmeas eram muito mais resistentes a doenças e infertilidade do que o outro grupo, que não teve que competir para reproduzir. No caso desses últimos, a extinção aconteceu após a passagem de 10 gerações.

Fonte:

O Globo

[Biologia]