Enviar o ser humano para Marte é algo que as agências espaciais sempre tiveram como objetivo. Um fato interessante, se você assistir o lançamento do ônibus espacial Discovery que aconteceu depois do acidente do Columbia, vai ouvir o narrador oficial falando:
“Esse é um voo que abre uma nova história na corrida espacial, para a Lua, Marte e além” A NASA e depois a SpaceX, principalmente na voz do Elon Musk, sempre cogitou em enviar o ser humano para Marte no início da década de 2030. Mais precisamente, em 2033.
Mas será que isso é possível, será que isso é viável de forma realista?
Para tentar entender tudo isso, a NASA contratou a Science and Technology Policy Institute, ou STPI, para fazer um relatório independente sobre a possibilidade de enviar o ser humano para Marte em 2033.
O instituto usou como base os desenvolvimentos que a NASA vem realizando como o SLS, a Orion, a Gateway e os planos da agência para então fazer um estudo completo de viabilidade do projeto.
Após um trabalho intenso, o instituto concluiu com o seu relatório que não existe tempo hábil para realizar o projeto de enviar o ser humano para Marte em 2033.
De acordo com o relatório, uma missão orbital para Marte seria possível na janela de 2037, isso sem considerar o grande desenvolvimento tecnológico que deve ser feito, os custos, orçamento dedicado e outros riscos.
O instituto estimou os custos de uma missão para Marte em 2037, o que inclui, o SLS, a Orion, a Gateway e a chamada DST (Deep Space Transport). O custo seria de 120.6 bilhões de dólares para o ano fiscal de 2037.
Desse total, 33.7 bilhões seriam gastos até a data com o SLS e a Orion. 29.2 bilhões seriam gatos com o DST, e 6 bilhões de dólares para a Gateway.
Mas isso é só uma parte dos custos, a missão completa para Marte teria um custo de 217.4 bilhões de dólares.
Incluindo aí, missões na órbita de Marte, descida de robôs, além de uma série de missões para a Lua. O relatório estima o primeiro pouso humano de volta a Lua em 2028. Seguido de mais 4 missões até 2032.
As reações.
O congresso reagiu de forma neutra ao relatório, com alguns deputados falando sobre o fato de não pousarmos em Marte em 2030. Jim Bridenstine, o administrador da NASA, se mostrou decepcionado com o relatório.
Mas ele levou o relatório para o lado motivacional; “Temos que tentar pousar o homem na Lua em 2024 de qualquer modo, para poder realizar nosso sonho de pousar o homem em Marte em 2033”.