Segunda Terra descoberta pelo telescópio Kepler da NASA

Kepler

Quando os dados da missão Kepler começaram a chegar, os cientistas desenvolveram um algoritmo para analisar a grande quantidade de informações.

O algoritmo era capaz de analisar a queda de luz das estrelas e determinar o que era um exoplaneta ou o que eram outros efeitos quaisquer.

Assim, em 12% dos dados ele identificou exoplanetas. As outras detecções eram chamadas de falso positivo. E eram tantas que foi preciso criar um grupo para analisar essas informações novamente.

E foi fazendo esse trabalho de análise dos falsos positivos que o grupo de pesquisadores envolvidos nessa busca fez uma descoberta impressionante.

Os astrônomos descobriram entre os falsos positivos do Kepler, um exoplaneta que é quase uma segunda Terra. O exoplaneta se chama Kepler-1649c, ele está localizado a 300 anos-luz de distância da Terra.

O exoplaneta tem 1.06 vezes o tamanho da Terra, e recebe o equivalente a 75% da quantidade de luz que a Terra recebe do Sol.

A temperatura de equilíbrio do exoplaneta é de -39 graus Celsius, ou seja, daria para viver ali, bem. Ele está localizado na zona habitável da sua estrela. Ele orbita sua estrela que é uma anã vermelha a cada 19.5 dias terrestres.

O sistema é multiplanetário, ou seja, tem outro planeta rochoso, localizado à metade da distância do Kepler-1649c, muito similar a Vênus.

E no sistema pode ser ainda que exista outro exoplaneta. Pouco se sabe sobre ele, principalmente se tem ou não uma atmosfera, de modo que se tiver, isso pode influenciar a temperatura no planeta e ele ficar mais quente e melhor para viver.

Esse planeta é muito especial

Existem outros exoplanetas, parecidos com a Terra em tamanho, o TRAPPIST-1f e o Teagarden c, e existem outros com temperatura parecida com a da Terra, o TRAPPIST-1d e o TOI 700d.

Mas o Kepler-1649c é o único que se ajusta a essas duas propriedades, isso faz desse exoplaneta, o exoplaneta mais parecido com a Terra encontrado até o momento.

E o mais interessante, ele foi descoberto analisando os falsos positivos do Kepler. Se só 12% foram identificados como exoplanetas, imaginem a quantidade de exoplanetas não identificados que ainda existem ali nos dados do Kepler.

Fonte:

NASA

Tradução e adaptação:

Space Today

[Astronomia]