Um novo estudo da Universidade de York, no Reino Unido, sugere que você não é um idiota por falar com seu cão em uma “vozinha de bebê”: esse tom de alta frequência de fato melhora a atenção do bichinho e pode ajudar as pessoas a se relacionarem melhor com seus animais de estimação.
Tudo a ver com frequência
Os pesquisadores queriam testar se o uso de fala dirigida a cães facilitava o entendimento para os animais, da mesma forma que ocorre com bebês, por exemplo.
“Obviamente, sabemos que os cães não podem aprender a falar, então queríamos saber se a voz de alta frequência também tem uma função para eles, ou se é algo que simplesmente costumamos usar com nossos animais de estimação em uma cultura onde pensamos nesses animais como parte da família, como bebês”, explicou Alex Benjamin, principal autora da pesquisa.
Estudos anteriores sobre comunicação com cães sugeriram que a voz aguda funcionava com filhotes, mas fazia pouca diferença para cães adultos.
A pesquisa
Os cientistas fizeram uma série de testes com 69 cães adultos. Eles ouviram ou uma pessoa dizendo frases como “Muito bem” e “Vamos dar uma volta?” usando voz direcionada a cães, ou outra pessoa dizendo frases sem entonação aguda e sem conteúdo relacionado com os animais – por exemplo, “Eu fui ao cinema ontem à noite”.
Os pesquisadores observaram os níveis de atenção dos cães durante os dois discursos, e então os motivaram a escolher com qual das duas pessoas os animais queriam se envolver.
Os cientistas descobriram que os cães eram mais propensos a se envolver com o falante que usava tanto o tom dirigido ao cão quanto o conteúdo relacionado ao cão. Em outras palavras, você tem que empregar ambas as coisas ao mesmo tempo para realmente chamar a atenção de um animal.
No geral, cães são sensíveis a esse tipo de discurso direcionado a eles com voz aguda, não importa se você acaba de conhecer o animal ou se já convive com ele.
Tais resultados foram um pouco surpreendentes para os cientistas, revelando muito sobre a inteligência geral dos caninos.
“Acho muito interessante que nossos cães consigam usar informações acústicas e de conteúdo para determinar o que a fala pode significar para eles”, afirmou Benjamin.
Referência:
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