Como o Brasil formou seu território atual?
Até o século XVI, o Brasil possuía apenas a área estabelecida pelo Tratado de Tordesilhas, assinado em 1494 por Portugal e Espanha. Esse tratado dividia as terras da América do Sul entre Portugal e Espanha.
Os principais acontecimentos históricos que contribuíram para o povoamento do país foram:
No século XVI: a ocupação limitava-se ao litoral, a principal atividade econômica desse período foi o cultivo de cana para produzir o açúcar, produto muito apreciado na Europa, a produção era destinada à exportação.
As propriedades rurais eram grandes extensões de terra, cultivadas com força de trabalho escrava. O crescimento da exportação levou aos primeiros centros urbanos no litoral, as cidades portuárias.
O vídeo abaixo mostra a evolução territorial do Brasil:
Século XVII e XVIII: foram marcados pela produção pastoril que adentrou a oeste do país e também pela descoberta de jazidas de ouro e diamante nos estados de Goiás, Minas Gerais e Mato Grosso. Esse período foi chamado de aurífero e fez surgir várias cidades.
Século XIX: a atividade que contribuiu para o processo de urbanização foi a produção de café, principalmente nos estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Espírito Santo. Essa atividade também contribuiu para o surgimento de várias cidades.
Quando o país conseguiu sua independência, em 1822, o mapa atual já estava praticamente formado. Restavam apenas algumas disputas por pequenas áreas fronteiriças com países vizinhos.
“Quase todos os litígios foram resolvidos com arbitragem internacional”, afirma o historiador Francisco Doratioto, do Instituto Rio Branco, em Brasília.
Ainda no século 19, também por meios diplomáticos o governo brasileiro espantou o “olho gordo” estrangeiro sobre uma parte importante do território nacional. “Por volta de 1850, surgiu um plano de ocupação da Amazônia por latifundiários americanos.
A diplomacia brasileira agiu com energia, fortificando a foz do rio Amazonas, estabelecendo um plano de colonização e impedindo a chegada de estrangeiros”, afirma outro historiador, Amado Luiz Cervo, da Universidade de Brasília (Unb).
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