A sonda New Horizons, da NASA, começou a se preparar para um sobrevoo histórico: em 31 de dezembro de 2018, ela estudará e fotografará um objeto misterioso chamado Ultima Thule.
Depois de passar por Plutão em julho de 2015, a sonda entrou em modo de hibernação desde o último 21 de dezembro, para preservar recursos.
Na semana passada, no entanto, ela foi acordada pela equipe de operações da missão, do Laboratório de Física Aplicada Johns Hopkins (EUA), conforme o programado.
Agora, está se aproximando de Ultima Thule a uma taxa de mais de 1,2 milhões de quilômetros por dia. Quando ultrapassar o objeto no Ano Novo, a New Horizons deve nos fornecer informações vitais sobre como nosso sistema solar se tornou.
Próximos passos
A sonda está a mais de 6 bilhões de quilômetros de distância da Terra, viajando através da faixa gelada de detritos do sistema solar chamada de Cinturão de Kuiper.
Nos próximos dois meses, a equipe irá testar comandos a bordo da sonda, atualizar sua memória, recuperar dados científicos sobre o Cinturão de Kuiper e completar uma série de verificações de sistemas.
Após essas etapas iniciais, as operações de sobrevoo e observações distantes do Ultima Thule devem se iniciar no final de agosto.
Ultima Thule
Ultima Thule, oficialmente chamado de 2014 MU69, é um objeto transnetuniano localizado no Cinturão de Kuiper.
Seu apelido, de acordo com Stern, vem de uma frase nórdica que significa “além das fronteiras mais distantes”. De fato, se a missão for bem-sucedida, será um recorde:
Ultima Thule se tornará o objeto mais longínquo já visitado pela humanidade, embora a New Horizons não seja a sonda espacial que já viajou mais longe – as Voyager 1 e 2 detêm esse título.
Os pesquisadores não têm certeza das dimensões exatas de Ultima Thule. No entanto, a NASA afirmou que ele parece ser uma rocha em forma de amendoim, e os cientistas suspeitam que ele tenha até 32 quilômetros de comprimento e 20 de largura.
Cinturão de Kuiper e os segredos do sistema solar
A New Horizons pode manter seu recorde por décadas, já que nenhuma outra investigação está pronta para fazer uma jornada tão impressionante.
Levou cerca de nove anos de deslocamento a mais de 56.000 km/h para que ela chegasse a Plutão e ao Cinturão de Kuiper, uma região colossal além de Netuno que contém sobras congeladas e dispersas da formação do sistema solar. A zona também pode abrigar um planeta do tipo superterra ainda não descoberto.
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