Você já ouviu falar a respeito do cometa Swift-Tuttle? Não? Pois, assim como acontece com o superpopular Halley, o Swift-Tuttle é mais um entre uma porção de corpos celestes que orbitam ao redor do Sol e cuja trajetória cruza o caminho da Terra periodicamente — ocasionando as famosas chuvas de meteoros.
Esses eventos ocorrem quando o nosso planeta passa através das caudas dos cometas e, no caso do Halley, isso ocorre duas vezes ao ano — em abril e outubro —, resultando nas chuvas de meteoros Eta Aquáridas e Eta Oriônidas, respectivamente.
Também anualmente, entre julho e agosto, a Terra cruza com a órbita do Swift-Tuttle, dando início à chuva Perseidas. Aliás, fique ligado: este ano ela ocorre entre os dias 17/07 e 24/08, com seu auge no dia 12 do mês que vem!
Swift… quem?
O Swift-Tuttle foi descoberto pelos astrônomos norte-americanos Lewis Swift e Horace Parnell Tuttle em 1862, e foi meio que esquecido até 1992, quando foi “redescoberto” pelo astrônomo japonês Tsuruhiko Kiuchi — em uma de suas aproximações à Terra.
E falando em aproximações… Esse cometa tem um período orbital de 130 anos, e sua trajetória o coloca próximo ao nosso planeta. Perigosamente próximo.
Tanto que em 1973, o astrônomo Brian Marsden, do Centro Harvard-Smithsonian de Astrofísica, fez uma série de cálculos — baseado nas observações que existiam do cometa até então — e concluiu que ele poderia colidir contra a Terra no ano de 2126.
Por sorte, durante a última aproximação do Swift-Tuttle em 1992, os astrônomos refizeram seus cálculos e afirmaram que, pelo menos nos próximos 10 mil anos, o cometa não deve trombar com a gente.
O que aconteceria se o Swift-tuttle colidisse com a terra?
Para começar, o Swift-Tuttle, embora não seja tão famoso como o Halley, não é um cometinha qualquer. Com seus cerca de 26 quilômetros de extensão, ele está entre os maiores objetos cósmicos que atravessam a órbita da Terra.
Essa enorme rocha espacial está viajando pelo Sistema Solar a uma velocidade de mais ou menos 58 quilômetros por segundo — ou mais de 150 vezes a velocidade do som —, então imagine o estrago se ela colidisse contra nós!
Só para você ter ideia, os cientistas estimaram o impacto liberaria uma quantidade de energia 300 vezes superior à liberada pelo asteroide que provocou a extinção dos dinossauros há 65 milhões de anos.
Se a colisão acontecesse no meio do oceano, o choque poderia desencadear terríveis terremotos e tsunamis pelo globo, mas os mares provavelmente evitariam que os efeitos atmosféricos fossem devastadores demais.
Mas, se o Swift-Tuttle colidisse contra uma massa continental ou contra uma região oceânica rasa, as coisas ficariam feias de verdade.
Nesse caso, diversos gases seriam liberados na atmosfera, como o dióxido de enxofre, que causaria o resfriamento do planeta, e o dióxido de carbono, que, com o tempo, levaria ao aquecimento da Terra.
Possivelmente, o clima do planeta mudaria drasticamente, e isso resultaria em extinções em massa ao redor do mundo. Igual ao que aconteceu com os dinossauros — só que pior. [Mega Curioso]
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