Uma misteriosa nuvem alongada reapareceu sobre o Arsia Mons, vulcão marciano que tem 20 quilômetros de altura, e está sendo acompanhada pelo Mars Express — orbitador da Agência Espacial Europeia.
Pode parecer novidade, mas o fenômeno foi detectado pela primeira vez em 2009, e as imagens reveladas nesta semana mostram que ele continua firme e forte – mesmo que não seja constante.
Ao contrário do que os mais ansiosos podem pensar, não parece que isso esteja ligado a alguma atividade vulcânica, já que a última vez em que o Arsia esteve ativo foi há cerca de 50 milhões de anos, segundo a NASA.
A suspeita, nesse caso, é que a nuvem seja composta de gelo e água, fluindo pelos lados inclinados da montanha em questão.
Os registros foram capturados em 17 e 19 de julho pela câmera de monitoramento visual do equipamento e sugerem que ela tem 1,8 mil km de comprimento, variando de acordo com a época do ano.
Por exemplo, durante o solstício no hemisfério sul de Marte, equivalente a 21 de dezembro na Terra, a nuvem cresce por algumas horas por dia e desaparece logo depois.
Jorge Hernandez-Bernal, autor principal de um estudo em andamento sobre o fenômeno, afirma: “Ela se forma todos os anos durante essa temporada e se repete por 80 dias ou mais, seguindo um ciclo diário rápido. No entanto, ainda não sabemos se as nuvens são sempre tão impressionantes”.
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