143 novas linhas de Nazca são descobertas no Peru

Linhas de Nazca

Quando as Linhas de Nazca, no Peru, foram designadas como Patrimônio Mundial da Unesco, em 1994, apenas 30 desenhos do tipo haviam sido encontrados.

Com o passar dos anos e o desenvolvimento da tecnologia, pesquisas naquela região revelaram mais 40 geóglios até 2015.

Agora, análises feitas por cientistas da Universidade Yamagata, no Japão, e da IBM revelaram 143 novos geóglifos de animais, humanóides e objetos desde 2018.

A última descoberta do grupo foi uma forma humanóide de apenas 2 metros de largura: “É muito difícil reconhecer o propósito dessa formação e seu papel social”, contou Masato Sakai, um dos arqueólogos da equipe, à Live Science.

Conforme Sakai relatou, ele e seus companheiros estudam as Linhas de Nazca desde de 2006. Entretanto, encontrá-las não é tarefa fácil e, segundo o que explicaram em comunicado, os especialistas só puderam realizar novas descobertas graças às imagens de satélites e à inteligência artificial.

Um dos desenhos que mais chamou atenção dos especialistas foi uma forma humanóide (Foto: Yamagata University/IBM)
Um dos desenhos que mais chamou atenção dos especialistas foi uma forma humanóide (Foto: Yamagata University/IBM)

As Linhas de Nazca foram criadas entre 100 a.C. e 300 d.C. pela população que vivia naquela região. A função desses desenhos é até hoje um mistério — os especialistas sugerem que eram utilizadas para fins ritualísticos e para situar viajantes em relação à localização em que estavam.

Sem a utilização de inteligência artificial ​​(esquerda) e com (direita) (Foto: Yamagata University/IBM)
Sem a utilização de inteligência artificial ​​(esquerda) e com (direita) (Foto: Yamagata University/IBM)

Além disso, elas se espalham por uma região de aproximadamente 20 quilômetros e têm tamanhos variados: entre 50 e 5 metros de largura.

De acordo com os especialistas, esses desenhos foram criados pela remoção de pedras que cobriam a região. Isso resultava na exposição da areia branca que havia por baixo delas e, assim, criava as imagens.

Sem a utilização de inteligência artificial ​​(esquerda) e com (direita) (Foto: Yamagata University/IBM)
Sem a utilização de inteligência artificial ​​(esquerda) e com (direita) (Foto: Yamagata University/IBM)

Em 2018, um caminhoneiro dirigiu por parte desses geóglifos e criou sulcos na terra, o que tornou ainda mais difícil o estudo dos desenhos.

“Além disso, a expansão das áreas urbanas em Nazca trouxe danos às linhas, resultando em uma tendência que chama atenção como questão social”, disseram os pesquisadores, em comunicado.

Linhas de Nazca
Os traçados mais antigos revelam desenhos mais complexos

“Há uma necessidade urgente de obter um entendimento preciso da distribuição dos geoglifos, para que seja possível trabalhar para protegê-los”.

Fonte:

Revista Galileu

[História]