Especialistas dizem que não há motivo para alarme, apesar do césio acumulado nos restos do naufrágio.
Pesquisadores da Noruega descobriram, no último dia 8, que um submarino russo naufragado desde 1989 está emitindo radioatividade 100.000 vezes maior do que o normal — em uma amostra chegou a ser registrado um nível 800.000 vezes mais elevado que o regular. Jornais russos já chamam o caso de “Chernobyl no mar”.
O Komsomolets foi inaugurado em 1983. Tinha 117 metros de comprimento e podia mergulhar a até 1,250 metros de profundidade. Viajava a velocidade máxima de 30 nós (56km/h).
O submarino carregava duas ogivas e dois reatores nucleares, fonte do vazamento, quando sofreu um incêndio que o fez naufragar a uma alta profundidade no Mar de Barents.
A região é conhecida pela prática da pesca — as medições e estudos apontaram que não existe risco atual de ingerir um peixe dessa região.
Consequências
O vazamento foi descoberto por conta da coleta de amostras próximas ao submarino. As taxas de radiação, então, foram comparadas com monitoramentos anteriores, chegando ao resultado de aumento substancial.
Encarregados da expedição disseram que não é necessário alarde, mas que o vazamento deve continuar a ser monitorado para evitar possíveis consequências mais graves.
“Em geral, os níveis de césio no mar da Noruega são muito baixos, e como o naufrágio é tão profundo, a poluição do submarino é rapidamente diluída”, explicam.
A Noruega e a Rússia têm monitorado a radiação na água regularmente desde o desastre, às vezes em expedições em conjunto.
Veja o vídeo feito pelo Instituto de Pesquisa Marinha da Noruega do submarino: