Fótons emaranhados foram enviados entre dois drones que voavam com um quilômetro de distância, demonstrando a viabilidade de uma tecnologia que poderia formar, no futuro, os blocos de construção de uma internet quântica.
As redes quânticas são muito mais seguras do que a Internet clássica existente, porque qualquer tentativa de golpe altera o estado dos fótons, alertando o destinatário de um ato malicioso.
Fótons emaranhados entre dois drones em movimento
Fótons emaranhados já foram transportados por mais de 1 km em testes entre um satélite e estações terrestres, mas Zhenda Xie, da Universidade de Nanjing, na China, e seus colegas mostraram que as ligações podem ser feitas em distâncias mais longas com material relativamente barato.
É também a primeira vez que o emaranhamento de fótons é transmitido de um dispositivo móvel para outro.
Um laser a bordo de um dos drones de 35 km criou um par de fótons emaranhados ao dividir um único fóton com um cristal. Um fóton foi enviado diretamente para uma estação terrestre e o outro para um segundo drone a 1 km de distância por meio de um drone de retransmissão.
Os dispositivos motorizados de cada drone se moviam para garantir que os receptores e transmissores estivessem sempre alinhados, e que os fótons fossem focalizados e direcionados através do drone de relé por um pequeno pedaço de cabo de fibra óptica.
Rumo à realização de uma Internet quântica
O estado de cada fóton foi medido na estação terrestre e os resultados provaram que os fótons permaneceram emaranhados.
Xie espera que conexões com mais de 300 km possam ser feitas por drones mais avançados em grandes altitudes, sem a influência distorcida da poluição e das condições climáticas.
Essa conquista marca um passo importante em direção a uma internet quântica, diz Siddarth Joshi, da Universidade de Bristol, no Reino Unido.
Ele concordou que os drones podem se tornar a última cadeia de links de uma parte do mundo para outra, por exemplo, de sua estação retransmissora local para sua casa ou veículo.