Por que envolveram a maior árvore do mundo em papel alumínio?

Maior árvore do mundo

Com 83,8 metros de altura e quase 11 m de diâmetro de base, a sequoia conhecida como General Sherman é considerada a maior árvore do mundo.

Localizada no Parque Nacional das Sequoias, na Califórnia, EUA, ela ganhou uma proteção especial das autoridades nesta semana, sendo envolta em papel alumínio de ultra resistência.

Essa medida faz parte dos esforços para preservar a árvore, que se estima ter mais de 2,5 mil anos, fazendo uma espécie de escudo contra as chamas de incêndios florestais que se deslocam pelo seco oeste do país.

Não somente General Sherman, mas outras sequoias milenares da reserva florestal estão recebendo essa cobertura à prova de fogo, uma das estratégias dos bombeiros que estão trabalhando nos locais mais ameaçados.

Eles também limparam a área e dispuseram máquinas entre as 2 mil árvores do parque, de acordo com as autoridades responsáveis pela operação.

“Estão tomando medidas extraordinárias para proteger essas árvores de dois a três mil anos de idade. Queremos que façam tudo o que for possível para protegê-las”, informou Christy Brigham, porta-voz do parque, ao jornal local The Mercury News.

Milhares de quilômetros quadrados de florestas da Califórnia, algo em torno de 3,8 mil hectares de área, já foram carbonizados durante a temporada de incêndios deste ano.

Incêndio que atingiu reserva onde está a maior árvore do mundo começou com um raio

Acredita-se que o incêndio inicial foi causado por um raio que atingiu o parque no dia 9 de setembro, fazendo com que as portas do local fossem fechadas para os visitantes e mobilizando mais de 500 oficiais para conter o fogo.

Todo esse duro esforço para proteger essas sequoias também se deve ao fato de que muitas delas já foram fortemente atingidas pelo fogo nos últimos anos.

“Dois terços de todo o bosque de sequoias gigantes que compõem a Serra Nevada queimaram em incêndios florestais entre 2015 e 2020”, diz Brigham.

Segundo reportagem da CNN, embora tenham sido mortas sequoias de até três mil anos durante o Castle Fire no ano passado, as autoridades parecem otimistas.

Foi identificado um crescimento mínimo do incêndio na quinta-feira (16), apesar de alguma atividade ter se intensificado no final da tarde, com o aumento da temperatura e a queda dos níveis de umidade.

E embora sequóias gigantes se adaptem ao fogo periódico, suas cascas grossas, geralmente, as protege contra danos significativos e pode isolá-las do calor.

Com o tempo, entretanto, pode ser difícil para as árvores se curarem de séculos de cicatrizes ocasionadas pelo fogo.

Fonte:

Olhar Digital

[Natureza]