Caso extremamente raro: bebê nasce com cauda de 6 cm no Brasil
Uma criança nasceu com uma cauda de seis centímetros em Jundiaí, no interior de São Paulo. O caso foi relatado em uma edição recente do Journal of Pediatric Surgery Case Reports, revista científica internacional.
Conforme o relatório, a menina de Jundiaí nasceu em 2020 com uma pseudocauda acompanhada de espinha bífida, que é um defeito no fechamento da coluna vertebral. O caso é considerado uma anomalia rara.
O bebê nasceu por cesariana, sem que a mãe tivesse doenças ou fosse usuárias de drogas. Apesar da anomalia, a pesquisa aponta ainda que a recém-nascida não tinha alterações neurológicas.
A menina foi acompanhada por médicos do Hospital da Criança Greendacc, de Jundiaí, junto com pesquisadores do Center for Fetal and Placental Research, de Ohio, nos Estados Unidos. Após avaliações, ela foi submetida a uma cirurgia para a retirada da cauda.
De acordo com a pesquisa, os médicos retiraram a cauda e fecharam a coluna vertebral. O exame na cauda apontou que ela era formada de gordura, mas não tinha músculos, cartilagem ou osso.
Atualmente, os pesquisadores informaram que a bebê tem três anos, consegue andar e não desenvolveu complicações. A pesquisa foi justificada para ajudar a identificar esses tipos de anomalia e planejar tratamentos adequados.
Como era a cauda de bebê brasileira?
Conforme revela a equipe médica, foi possível identificar a presença da cauda na bebê durante o pré-natal (antes mesmo do nascimento). Não existia nenhum histórico na família de ocorrências do tipo e a mãe não foi exposta a drogas durante o período da gestação.
Após o nascimento, os médicos confirmaram a existência da cauda de 6 cm, recoberta por pele e crescendo a partir da região lombossacral. Segundo a equipe, a estrutura era composta por um tecido adiposo, “sem musculatura, cartilagem ou osso, conforme observado na ressonância magnética”.
Oficialmente, o caso é descrito como uma pseudocauda humana associada ao disrafismo medular — condição que ocorre quando a coluna e a medula espinhal não se formam adequadamente na gestação. Segundo os autores, a relação entre as duas condições é relativamente comum.
“Os apêndices caudais estão associados a outra anomalia congênita em quase 30% dos casos, sendo os disrafismos os mais comuns”, explicam.
Fonte:
[Saúde]