Muito antes dos filmes de terror existirem – e de pensarem em criar o cinema –, um grupo desenvolveu uma simples e compacta ferramenta capaz de causar muito medo e agonia: o “apito da morte”.
Também conhecido por Ehecachichtli, o apito da morte foi um dispositivo fabricado pelo povo asteca, que viveu no México entre os séculos XIV e XVI, para amedrontar rivais da tribo.
Uma vez assoprado, o equipamento liberava um som que se assemelhava ao grito de uma pessoa agonizando de dor.
O apito era uma arma poderosa e vantajosa para o povo asteca, pois permitia que eles assombrassem seus rivais sem ser necessário derramar uma singela dota de sangue.
É claro, o som emitido pelo instrumento de sopro não causava a morte de ninguém, mas, com certeza, funcionava como um terror psicológico capaz de simular a morte.
Além de seu propósito militar, o Ehecachichtli – que ganha esse nome a partir de Ehecatl, o senhor do vento de mitologias mesoamericanas –, também era utilizado em eventos ritualísticos e funerários. Os astecas acreditavam que o som ajudava os falecidos da tribo a chegarem à Mictlan, a Terra dos Mortos.
Tecnicamente, o apito é um instrumento de sopro que conta com dois diafragmas. Sua utilidade foi descoberta há pouco tempo por arqueólogos. Desde então, muitos deles são fabricados como souvenir e vendidos em lojas de artesanato no centro do México.
Mesmo antigo, o som emitido pelo apito pode ser mais assustador do que muita coisa que conhecemos hoje. Imagine só, então, naqueles tempos, em que diversos membros da tribo sopravam o apito ao mesmo tempo e criavam um som em uníssono. É de dar frio na espinha:
Fonte:
https://goo.gl/o4W14p
https://revistagalileu.globo.com
Referências:
http://www.mexicolore.co.uk/aztecs/music/death-whistle
http://asa.scitation.org/doi/abs/10.1121/1.3508553
https://www.cristina-garcia-islas.com/