Mitos cerebrais: não existe “cérebro direito” e “cérebro esquerdo”

Cérebro

O cérebro humano é um órgão notoriamente complexo – mesmo com todo o avanço da ciência, grande parte de sua estrutura e função permanecem verdadeiros mistérios.

Deve ser por isso que, quando alguém ouve um boato sobre como o cérebro funciona, ele logo se espalha.

Confira 3 dos maiores mitos cerebrais:

Não existe “cérebro direito” e “cérebro esquerdo”

De acordo com a cultura popular e questionários no Facebook, as pessoas lógicas e analíticas têm um “cérebro esquerdo”, enquanto os tipos criativos e artísticos têm um “cérebro direito”.

Não é verdade. Nenhum estudo científico realmente conseguiu provar que os pensamentos e comportamentos das pessoas são dominados por qualquer um dos lados de seu cérebro.

Inclusive, em um estudo em 2013, pesquisadores da Universidade de Utah (EUA) examinaram os cérebros de mais de 1.000 pessoas e descobriram que não havia diferença significativa entre elas em termos de dominância cerebral.

Olhando para exames de ressonância magnética da atividade cerebral, ambos os lados do cérebro dos indivíduos eram mais ou menos iguais em suas redes neurais e conectividade.

O mito do “cérebro direito e esquerdo” pode ter surgido do trabalho de Roger Sperry, que ganhou um Prêmio Nobel por sua pesquisa em pacientes com epilepsia. Eles foram tratados com o corte do corpo caloso – uma área que conecta os dois hemisférios cerebrais.

 Nós só usamos 10% do nosso cérebro

Em termos de evolução, seria péssimo se tanto tempo e energia tivesse sido gasto em dar aos seres humanos um cérebro tão grande, apenas para a maior parte dele não ser usada.

Isso é um mito. Nós usamos praticamente todo o nosso cérebro, sim: estudos já mostraram como várias áreas são engajadas até nas menores e mais superficiais tarefas.

Há evidências de que temos reservas cerebrais, no entanto. Por exemplo, é possível que uma pessoa perca partes significativas do cérebro e ainda funcione relativamente normalmente.

Nós sabemos o que nos faz felizes ou tristes

Todos nós provavelmente temos uma boa ideia do que gostamos e do que não gostamos. Só que, como a maioria das coisas que tem a ver com o cérebro, isso não é tão simples quanto parece.

Pesquisas mostram que superestimamos quão felizes certas atividades sociais e de lazer nos farão. Também superestimamos quão tristes algumas coisas – como a chegada da segunda-feira – nos deixarão.

Estudos ainda descobriram que, se alguém próximo a você morre, você pode até prever a dor e o desespero que irá sentir, mas esses sentimentos não vão durar tanto tempo quanto você acha. Como se vê, nossos cérebros são mais resistentes do que pensamos.

Fonte:

https://www.sciencealert.com

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