A última filmagem do extinto tigre-da-tasmânia acaba de ser divulgada

Tigre da Tasmânia

Arquivo Nacional de Filmes e Som da Austrália (NFSA, na sigla em inglês) divulgou nesta terça-feira (19) uma gravação do que se pensa ser a última filmagem de um tilacino, também conhecido como tigre-da-Tasmânia, extinto em 1936.

Segundo Charles Feigin, biólogo de desenvolvimento evolucionário da Universidade de Melbourne, esse animal não era bem um tigre.

“Era uma espécie singular e bizarra”, disse o especialista à revista Nature, em 2017. O animal tinha cara e corpo de cachorro, uma bolsa para levar os filhotes, como a de cangurus, e listras — motivo por que ficou conhecido como tigre-da-tasmânia.

O animal da foto divulgada pelo NFSA é Benjamino, que morreu no zoológico australiano Hobart Beaumaris, em 7 de setembro de 1936. Pela tecnologia da época, existem poucas imagens do tilacino (menos de seis).

A filmagem mais recente foi encontrada em um diário de viagem esquecido da Tasmânia e, agora, preservada digitalmente em 4K.

A gravação ocorreu no zoológico por volta de março de 1935, um ano depois da última imagem conhecida do tilacino, e mostra um tratador de animais sacudindo a gaiola do tigre-da-Tasmânia.

O NFSA disse que a ação poderia ter sido realizada para provocá-lo a rugir. Benjamin morreu 18 meses depois, declarando a extinção da espécie.

Entretanto, existem relatos recentes de tilacinos na natureza

Em 2019, o Departamento de Indústrias Primárias, Parques, Água e Meio Ambiente da Tasmânia divulgou um documento  apontando uma possível existência de oito exemplares da espécie. O Thylacine Awareness Group acredita que o animal ainda perambula pela Austrália continental.

Segundo Cath Temper, especialista em mamíferos do Museu da Austrália do Sul, se a espécie ainda existir, seria extraordinário. “Nunca houve um espécime de tilacino no continente”, disse  à BBC em 2016.

Apesar de persistir na Tasmânia até a década de 1930, acredita-se que o animal tenha sido exterminado da Austrália continental há mais de 3 mil anos.

Até os cientistas encontrarem a espécie viva ou clonarem o animal, teremos de nos contentar com as poucas imagens que existem dessas criaturas exóticas.

Fonte:

Revista Galileu

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